domingo, 27 de fevereiro de 2011

Secretaria de Educação realizou abertura do Progestão Municipal

A Secretaria de Educação de Itabuna deu início, na tarde de quinta-feira (24), no auditório da FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências (Campus Itabuna), ao Programa de Formação de Gestores (Progestão), que tem a finalidade de promover o desenvolvimento das equipes de gestores escolares da Rede Municipal de Ensino.

O encontro reuniu o secretário da pasta, Gustavo Joaquim Lisboa, a responsável pelo projeto, Sandra Maria Leal Damasceno, a diretora do Departamento e Educação Básica, Fátima Cristina, a vice-presidente do Conselho de Alimentação Escolar, Marluce Sá, a presidente do Conselho Municipal de Educação, Maria Lúcia Bitar e a representante da Direc-7, Rosilene Vila Nova.

Na abertura do evento, o professor Júnior Brandão, que representou a Igreja Batista Teosópolis, interpretou a canção “Brasil, olha para cima”. Logo depois, os representantes municipais e gestores escolares, participaram da execução dos Hinos Nacional e Municipal. A aula inaugural do projeto teve início com a formação da mesa e a explanação sobre o objetivo do Progestão. De acordo com a responsável pelo projeto, Sandra Damasceno, esse momento proporciona oportunidades voltadas para o desenvolvimento de competências e habilidades profissionais necessárias para a atuação em gestão escolar.

“O projeto possibilitará às pessoas das equipes gestoras das unidades, uma visão maior e melhor do que seja administração pública, focada nas relações humanas, na parte de gestão, na parte financeira e em toda a administração pedagógica e gerencial da escola. Então, nós acreditamos que, se cada um tiver consciência plena do seu papel social e profissional, como cidadão, melhores serão os resultados”, ressaltou Sandra Maria Leal.

Neste primeiro ano, o programa envolverá um total de 205 cursistas, abrangendo toda a equipe gestora, composta por diretores, vice-diretores, coordenadores, secretários escolares e membros de conselhos escolares. As atividades serão de responsabilidade de cinco tutores municipais, que acompanharão as equipes nos encontros presenciais. A formação do Progestão será realizada na modalidade de curso semipresencial, com encontros mensais e realização de atividades através de um ambiente virtual de aprendizagem (EaD – Educação a Distância), tendo a Internet como suporte.

O projeto será dividido em 10 módulos, sendo que nesta sexta-feira (25) tem início o primeiro deles, com abordagens em torno de várias situações, como financeira, pedagógica, gerenciamento de recursos humanos, entre outros.

Gestão com Qualidade

Para o secretário de Educação, Gustavo Lisboa, a formação dos gestores escolares é uma exigência que cresce a cada dia, por conta das responsabilidades que a escola abarca na busca incessante pela oferta qualitativa dos serviços educacionais. Por esse motivo, a secretaria municipal, em parceria com a prefeitura de Itabuna está desenvolvendo o programa Progestão, com a finalidade de democratizar a gestão escolar e torná-la conhecida entre os profissionais.

“A Gestão é ponto chave na qualidade social da educação, pois se não tivermos uma boa gestão na unidade escolar, todos os programas e projetos que poderiam ter êxito certamente poderão ter mais problemas e, portanto não chegarão ao resultado que tanto a gente deseja. E o nosso resultado almejado é que a gente consiga contribuir para que as escolas tenham a cada vez mais a aprendizagem como o foco. E, para que a gente consiga atingir a aprendizagem, existe uma série de componentes e assessórios, que são fundamentais”, declarou Gustavo Lisboa.

A diretora do Centro Municipal de Habitação Infantil Gil Nunesmaia, Maria Tereza Viana, que atuará como uma das tutoras na realização do curso ressalta que o projeto vai facilitar a compreensão a cerca do processo de gestão democrática nas unidades escolares. “Isso será possível, pois os cursos vão dar ênfase na forma de como administrar uma questão pautada não só na área administrativa, como também nas questões pedagógicas. Então, o Progestão vai dar essa contribuição para o gestor estar aprofundando, não só teoricamente, mas também na prática, dando continuidade do que é estudado e aprendido no curso”, disse a gestora educacional.

Progestão 2011

Progestão 2011 A 

Texto: Viviane Cabral – Fotos: Vinicius Borges – Direto do site da Prefeitura de Itabuna, publicado em 24/02/11. Revisado por Eric Thadeu Nascimento Souza, especialmente para o Blog do CAIC Jorge Amado.

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ano da Educação Ambiental no CAIC ganha repercussão no Twitter

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A decisão da Coordenação Geral do Projeto ‘Escola em Tempo Integral’, de escolher o ano de 2011 como o “Ano da Educação Ambiental no CAIC”, articulada com a aprovação de todos os oficineiros e coordenadores da escola, repercutiu positivamente numa das redes sociais mais famosas da Internet: o Twitter.

O Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado possui um perfil na rede, desde o início de 2009. E todas as matérias publicadas no Blog do CAIC são veiculadas automaticamente no perfil do CAIC. Para conferir, basta acessar o site www.twitter.com/caicjorgeamado.

Contudo, as veiculações feitas até o presente momento não tinham surtido um efeito tão positivo quanto a postagem que falou sobre a questão de se debater a questão da Educação Ambiental nas oficinas oferecidas pela Escola em Tempo Integral.

A postagem que falou sobre isso foi reproduzida por pelo menos duas grandes personalidades que também mantêm perfis no Twitter: a primeira foi o projeto “Rio de Leitores”,(www.twitter.com/riodeleitores) mantido pela Secretaria da Educação do Município do Rio de Janeiro. Outra grande personalidade que também reproduziu a nossa postagem no Twitter foi a do professor José Luiz Goldfarb (www.twitter.com/jlgoldfarb). Ele é coordenador do twitter oficial da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), professor de História da Ciência.

O anúncio de que 2011 será o ano da Educação Ambiental no CAIC foi feita na semana passada, pela Coordenadora da Escola em Tempo Integral, professora Alineci Cardoso. Isso significa uma maior articulação entre as ações do projeto e o contexto situacional e cultural os estudantes e a escola se inserem atualmente.

“Outros temas transversais também serão debatidos e discutidos, mas sempre com um olhar atento para a questão ambiental”, complementa a coordenadora.

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“Universo Paralelo” no Blog do CAIC

por: Ousarme Citoaian

O TREM DE ASCENSO FALA E SE FAZ OUVIR

“Ascenso, me mande um cartão!”, diz Antônio Maria em homenagem (Frevo nº 3 do Recife, aqui apresentado), ao primeiro poeta de quem me lembro ter lido na infância: Ascenso Ferreira (foto). Gosto muito de Trem de Alagoas: “O sino bate,/ o condutor apita o apito,/ solta o trem de ferro um grito,/ põe-se logo a caminhar”. Penso que é poema para ser analisado em sala de aula, tal a opulência estilística que oferece. O trem, por exemplo, é humanizado, “fala” e, no seu discurso, se faz ouvir (personificação) “- Vou danado pra Catende,/ vou danado pra Catende,/ vou danado pra Catende,/ com vontade de chegar”.

DE MANGABAS MADURAS E MAMÕES AMARELOS

Ao descrever o velho trem de ferro rasgando a zona da mata pernambucana, o poeta produz poderosas aliterações, de início com “Mergulham mocambos/ nos mangues molhados,/ moleques, mulatos/ vêm vê-lo passar” e, logo em seguida, “Mangabas maduras,/ mamões amarelos,/ mamões amarelos,/ que amostram molengos/ as mamas macias/ pra a gente mamar”. Em alta velocidade (“Vou danado pra Catende, /vou danado pra Catende…”), o trem avança para o interior e o poeta se lamenta dos deixados no litoral: “Adeus morena/ do cabelo cacheado” é verso que não requer rima, pungente no seu toque de saudade e perda amorosa.

NA HORA DE TRABALHAR PERNAS PARA O AR

A poesia de Ascenso Ferreira (1895-1965) é simples e límpida como água da fonte, pura e receptiva como uma canção de ninar. Expressa-se na língua do povo, fala de coisas e vivências do homem comum. Distanciado do hermetismo do seu conterrâneo João Cabral de Melo Neto, ele bebeu (e aqui há um trocadilho pouco sutil) nas ruas do Recife, ouviu sua gente e com ela aprendeu a ser poeta. Como no poemeto Filosofia (uma celebração do dolce far niente que o Brasil inteiro recita): “Hora de comer – comer! Hora de dormir – dormir! Hora de vadiar – vadiar! Hora de trabalhar? – Pernas pro ar, que ninguém é de ferro.”

AO REITOR, O TRATAMENTO MAIS CHARMOSO

Não creio que haja palavra com maior carga de cerimônia do que reitor – tanto assim que ela é precedida de “Magnífico”, para não me deixar mentir. Vão dizer que o Papa é chamado de Sua Santidade, o que não é mentira nem pouca coisa, porém considero Magnífico bem mais litúrgico. Mas quem foi Magnífico nem sempre o será, assim se entende num dos maiores jornais diários de Itabuna, tendo preferido atropelar esse cerimonial arcaico e dizer que “Naomar Monteiro vai palestrar em Buerarema”. Rápido e, sobretudo, rasteiro. Pareceu-me condenável intimidade com o ex-Magnífico Reitor da Ufba. Porém, isto não é grave. Grave mesmo é afirmar que ele vai… “palestrar”.

PALESTRAR NÃO É DIFERENTE DE TAGARELAR

Perlustro os dicionários (penitência que a mídia, cristamente, me impõe) e nada encontro sobre tal novidade. O que lá vejo, humildemente confesso, já sei desde tempos imemoriais: palestrar é bater papo, tagarelar,  jogar conversa fora, cavaquear, prosear – o informal, enfim. Quando essa atividade se reveste de ar solene (como no caso referido), fazendo-a irmã da conferência, diz-se em língua portuguesa “fazer palestra”.  Há alguns anos a Folha de S. Paulo, especialista na criação de bobagens, popularizou a expressão “dar palestra” (logo adotada pelos macaqueadores). Dispensável, porém menos ociosa do que “palestrar”.

FAZER PALESTRA É PRECISO; PALESTRAR, NÃO

O ex-Magnífico Reitor Naomar Monteiro de Almeida Filho é de Buerarema, vindo a ser irmão do prefeito de lá. Então, é natural que ele palestre com os conterrâneos orgulhosos de sua carreira profissional e, claro, com senhoras que o viram nascer. Por certo, alguém tagarelará, com justiça, a propósito da vida honrada e exemplar que teve seu pai, Naomar Monteiro de Almeida (político e também professor), em Buerarema e Itabuna.  Mas ele só palestrará a intervalos, caso lhe sobrem momentos bastantes para isso. Sua prioridade será fazer palestra sobre os compromissos da educação. Palestrar mesmo, só se o tempo lhe for generoso.

COMENTANDO OS COMENTÁRIOS DO “UNIVERSO”

Desde o começo, optei por participar dos comentários dos leitores, que, na imensa maioria das ocasiões têm sido muito generosos comigo. Desdenhar postagens tão elegantes seria (além de cabotinismo elevado ao cubo) fraqueza maior do que confessar que elas me fazem grande bem à alma (que querem? Mesmo que às vezes sugira o contrário, pertenço, sim, à raça humana, logo, não sou refratário a elogios que pareçam sinceros). Estes quase prolegômenos são para anunciar minha presença nos comments rotineiramente, todas as terças-feiras, a partir desta semana. Os comentários postados até a tarde daquele dia (e que requeiram alguma observação minha) serão respondidos à noite. Muito obrigado.

TEMPO EM QUE DA TELA NÃO JORRAVA SANGUE

O cinema já foi mudo, quem diria, e da tela não jorrava sangue. Em 1960, em plena febre do Tecnicolor, Psicose foi feito em P&B, para evitar que o público se chocasse com a cena do chuveiro (Hitchcock, um monsieur, recusou-se a promover um banho de sangue no seu filme – e me legou a possibilidade deste trocadilho). Depois, vieram os açougueiros, as serras elétricas, as espingardas e o sexo desabrido. Dia desses, incauto, assisti a uma chamada de telenovela que me deixou perplexo, e perplexo ainda estou: o sujeito, sem alerta prévio para tirarmos as crianças da sala, pespegou na mocinha um beijo tão bem pespegado que quase arranca, sem anestesia, as amídalas da pobre coitada.  Bons tempos, estes.

ROMANCE, COMÉDIA, MÚSICA, CANTO E DANÇA

Cantando na chuva (Stanley Donen-Gene Kelly/1952) nada tem a ver com a mistura sangue-sexo que inunda (ops!) nossas telas. É repleto de tons, do romance à comédia, com primorosas cenas de música, canto e dança, retratando a dificuldade de adaptação do cinema à linguagem falada (dos artistas passou-se a exigir, além de talento para representar, boa voz). Talvez seu único rival seja Sinfonia de Paris(1951), com aquele balé de 17 minutos como grand finale e uma penca de seis Oscar. Mas foi justo: Gene Kelly em plena forma, música de Gershwin, direção de Vincent Minelli e, como moldura, o melhor lugar do mundo, Paris, França. Eu prefiroCantando…, só por subjetividades que um cavalheiro não explicaria, nem sob tortura.

COM O CINEMA FALADO, HOLLYWOOD FERVEU

Em 1927, Hollywood ferve. O cinema, que até então tinha em sua essência a representação muda, apenas com legendas e pianistas ao fundo (no Brasil, ficaria famoso Ernesto Nazareth e seu Odeon/1912), teve que se adequar à nova exigência do mercado. Não foi fácil, com muitos profissionais reagindo à mudança, perda de emprego, boicotes e até suicídios. Charles Chaplin esteve entre os que não gostaram da novidade.Cantando…, citado entre os melhores filmes de todos os tempos, tem sua ação nesse ambiente ensandecido. Além de Kelly, destacam-se Donald O’ Connor e Debbie Reynolds (na foto, ao lado de Gene Kelly), com apenas 19 anos (e em seu melhor papel, segundo a crítica), além de Jean Hagen, impagável como a loura burra e de péssima voz. No vídeo, Gene Kelly faz um apaixonado, numa cena inesquecível. Clique e confira o vídeo.

Fonte: Coluna “Universo Paralelo”, publicada no Blog “Pimenta na Muqueca”, em 20/02/2011.

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CAIC Jorge Amado realiza última reunião antes do início da Escola em Tempo Integral em 2011

Está confirmado! Começa nesta Segunda-feira, dia 21 de fevereiro, o Projeto Escola em Tempo Integral, no Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado, financiado diretamente pelo Programa “Mais Educação”, do Governo Federal.

Na Sexta-feira, dia 18, a Coordenadora do ‘Mais Educação’ no CAIC reuniu-se com outros coordenadores e monitores para discutirem os últimos ajustes para o início do projeto neste ano.

A reunião iniciou-se com a apresentação de um slide show, produzido com imagens do projeto em 2010.

O diretor geral da escola, Professor Carlos Marques, também participou da reunião e tirou algumas dúvidas dos monitores, tais como horários de funcionamento do projeto, custos e investimentos e objetivos gerais a serem alcançados em 2011.

Carlos Marques adiantou também que o financiamento do projeto, que, antes, estava garantido somente até o mês de Setembro, já foi estendido até o fim do ano. Os valores que faltavam para que o projeto funcione até Dezembro já estão disponíveis na conta da Caixa Escola CAIC Jorge Amado.

A Escola em Tempo Integral iniciou-se, no CAIC Jorge Amado, no ano passado e consiste-se basicamente em oferecer para os estudantes oficinas de apoio pedagógico,  complementando os conteúdos didáticos trabalhados pelos professores nas aulas regulares.

Neste ano de 2011, serão oferecidas as oficinas de Rádio Escolar, Jornal Escolar, Letramento, Matemática, Informática Educativa, Xadrez, Capoeira, Teatro e Canto & Coral.

Os estudantes iniciarão as atividades sempre às 7:00hs, permanecerão na escola durante o almoço e continuarão em aulas ou em atividades de oficinas até às 17:00hs.

Um momento muito especial da reunião deu-se quando funcionários, professores e os monitores homenagearam a professora Adriana Santos, pela passagem do seu aniversário no dia 13 de fevereiro. Adriana Santos é a Coordenadora de Tecnologias de Informação / PROINFO.

Abaixo, seguem fotos da reunião e o slide show apresentado. Confiram:

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Escola dos Sonhos

por: Meire Aparecida Pedersoli

Escola dos Sonhos0001

A história da educação brasileira está fundamentada na história política dos períodos: Colônia, Império e República. Durante essa trajetória, passamos por várias mudanças e reformas na educação, que foram dando à escola um perfil de acordo com a época.

Se analisarmos o desenvolvimento das instituições no decorrer do tempo, podemos dizer que a escola é a única entidade que mantém suas características sem evoluir – sala de aula, apagador, giz, quadro-negro e professor –, embora a era da tecnologia impulsione novas metodologias. Devido à pouca infraestrutura física e à alta de equipamentos, impera, ainda, o modelo da escola tradicional em todo o País.

Temos necessidades urgentes de construir uma escola diferente para atender à sociedade em mudança. Precisamos de uma instituição na qual os valores humanos sejam defendidos e a igualdade e a vivência sejam planejadas, que esteja livre do ranço do autoritarismo e promova a integração pacífica da comunidade. Esse convívio democrático é algo complicado! Exige que a escola inove, implemente ações integradoras com todos os agentes participantes envolvendo, envolvendo órgãos, instituições e organizações através de parcerias e de um novo trabalho.

Então, como construir essa escola? Inicialmente, é preciso que os gestores e o colegiado entendam e aceitem a democracia. Esse estilo de gestão é muito difundido; contudo, pouco aplicado dentro das instituições. Sua filosofia contempla alunos ativos, que interagem e se dedicam a pensar, construir, criar, e não apenas a decorar a matéria. Esse não seria o modelo ideal para nossas crianças e nossos jovens? O que queremos é a escola:

A. Promova pessoas e desenvolva as relações interpessoais, cognitivas, afetivas e éticas através do conhecimento não reproduzido, mas constituído com a compreensão de realidade e a participação em relações pessoais, políticas e culturais diversificadas.

B. Socialize os alunos, buscando a integração deles com a sociedade, a participação na vida social, o desenvolvimento de padrões e atitudes, ampliando seus conhecimentos, tornando-os seres políticos, conscientes de seus deveres e direitos, e participativos.

C. Esteja disposta a aprender sempre. A escola deve promover uma educação universal que provoque a motivação para aprender. Ela precisa ser aberta, acessível a todos, articular o saber, articular o saber com a comunidade num relacionamento que promova o desenvolvimento pleno do aluno como pessoa, cidadão, trabalhador.

A escola tem de perder suas características tradicionais e trabalhar com qualidade, justamente com seus profissionais, para fazer a educação acontecer.

Enfim, a instituição deve ser o lugar onde o saber acontece, segundo Paschoal Lemme. Um saber que prepara para a vida e que educa o perfil do futuro cidadão. Dessa forma, as ações precisam estar voltadas para a motivação dos estudantes e a definição das características da clientela.

Moacir Gadotti sempre disse: “O ato educativo se dá com a desordem, e não com a ordem. Isso porque precisamos provocar tempestades de ideias, criar e recriar, saindo do ritmo acomodado, e desorganizar os fatores para surgirem novos momentos. Precismos quebrar os paradigmas para atingir o nosso aluno e mostrar que a escola é o lugar onde ele constrói o seu futuro”.

Dentro desse contexto, os profissionais da educação precisam fazer nascer a escola dos sonhos, aquela que está presente em todos os momentos, que consegue cumprir seu papel de ensinar e de aprender a aprender; aquela em que o espaço físico não apenas a determina, mas, sim, estimula o pensar. Professores e gestores precisam saber ouvir, falar, sentir, ver o momento atual e escutar o que o seu aluno traz de experiências de vida. Ou seja, abrir as portas para um despertar de novas metodologias de ensino que priorizem a relação voltada para a socialização e o dinamismo e que consigam suprir até a falta de matérias.

Referência Bibliográfica

CONTE, Priscila. Educação 2010 – As Mais Importantes Tendências na Visão dos Mais Importantes Educadores. Curitiba: Multiverso Produtos Educacionais, 2010.

Maria Aparecida Pedersoli é pedagoga e especialista em Educação. Professora e coordenadora do Ensino Superior no Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto – SP.

Escola dos Sonhos0002

Fonte: Revista “Construir Notícias”, edição 54. Setembro / Outubro 2010. Imagens: Tischenki Lima / Smit. 

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

14 de fevereiro – Dia da Amizade

O texto abaixo foi publicado, há alguns dias, no blog “Espaço Educar”. 14 de fevereiro é o Dia da Amizade. Mesmo já tendo passado a data, a gente faz o devido registro.

"Tanto quanto no amor, há na amizade um mistério que a transcende.

Como descrever a sensação de ser aconchegado pelo outro? Como definir um sentimento que se anuncia em afinidade e aceitação espontânea?

A amizade conjuga-se na adivinhação natural do outro, mesmo se não existem palavras explícitas ou gestos reveladores. Ser amigo é um exercício que supõe cumplicidade e independência, porque é a convivência, fruto da vontade do estar próximo, ainda que o estar presente, signifique algumas vezes, respeito à solidão do outro.

Ser amigo é acompanhar a composição do álbum da vida do outro, quando nos fotografamos e somos fotografados em momentos coloridos e em preto e branco. É fazer parte da lente do outro, sem ofuscar o foco de si mesmo e daquele, a quem chamamos de amigo. É, se preciso for, sinalizar os melhores ângulos da vida, quando o outro já não se permite fotografar em novos cenários.

Quando há amizade, não existem medidas cronológicas que denunciem separações e nem tampouco os ponteiros da distância a marcarem ausências. Há encontro sempre, ainda que apenas no horizonte do pensamento, na linguagem afetiva do lembrar ou nos códigos amorosos do silêncio consentido e conhecido entre ambos." (Fernanda Guimarães - Recanto das Letras – UOL).

A amizade

Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos". Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida.

Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Popularmente, disse-se que "o cão é o melhor amigo do homem".

O Dia do Amigo é comemorado em 20 de julho.

Religião e cultura popular

A amizade, tem sido considerada pela religião e cultura popular, como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. No Poema de Gilgamesh, se relata a amizade entre Gilgamesh e Enkidu.

Os greco-romanos tinham, entre outros vários exemplos, a amizade entre Orestes e Pílades. Na Bíblia, cita-se no livro de 1 Samuel, a amizade entre Davi (que depois se tornaria rei em Israel) e Jonatas (filho do Rei Saul) . Os evangelhos canônicos falam a respeito de uma declaração de Jesus, "Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos." . Salomão escreveu a sabedoria da Amizade em seus Provérbios: "Em todo o tempo ama o amigo, e na angustia se faz o irmão" .

As relações de amizade são amplamente retratadas tanto na literatura como no cinema e na televisão. como exemplos, podemos citar: Dom Quixote e Sancho Pança, Sherlock Holmes e Watson, os Três Mosqueteiros, O gordo e o magro, Os três patetas, a série Friends, etc... (Fonte da pesquisa:Wikipedia).

Fonte: Blog “Espaço Educar”.

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CAIC Jorge Amado reúne gestores e coordenadores para mais uma web conferência do ‘Mais Educação’

Na semana em que o Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado faz os últimos ajustes para dar início ao projeto da Escola em Tempo Integral, a professora Maria Aparecida Alves, diretora do Departamento de Planejamento, Pesquisas e Informações Gerenciais – DPPIG, da Secretaria da Educação, reuniu na unidade escolar, vários gestores e coordenadores pedagógicos.

A proposta foi a de, a partir do encontro, compartilharem, juntos, as informações veiculadas pela web conferência transmitida ao vivo na Terça-feira, dia 15 de fevereiro, pelos gestores nacionais do programa, em Brasília.

O encontro, que aconteceu na Sala de Vídeo da escola, contou com a participação de cerca de 30 profissionais da rede.

Na reunião, foram esclarecidas algumas das dúvidas dos diretores. Entre elas, ficou confirmado que alguns artigos esportivos e o material das oficinas de fanfarra deverão chegar nas escolas num prazo de 60 dias.

A professora Maria Aparecida Alves falou ainda da importância de cadastrar os monitores no sistema eletrônico do Ministério da Educação até Segunda-feira, dia 21. Caso algum diretor não consiga fazê-lo, deverão comparecer ao DPPIG na Terça, dia 22, a partir das 14:00hs para solucionarem todas as pendências.

Para a professora Alineci Cardoso, coordenadora no do Programa Mais Educação no CAIC Jorge Amado, o encontro foi muito proveitoso.

As web conferências do Programa Mais Educação acontecem sempre em todas as segundas Terças-feiras de cada mês. Abaixo, indicamos as datas em que as mesmas irão se realizar.

MARÇO

08/03/2011

ABRIL

12/04/2011

MAIO

10/05/2011

JUNHO

14/06/2011

JULHO

12/07/2011

AGOSTO

09/08/2011

SETEMBRO

13/09/2011

OUTUBRO

11/10/2011

NOVEMBRO

08/11/2011

DEZEMBRO

13/12/2011

Se, por algum motivo, você é gestor escolar e não assistiu a web conferência ou não participou da reunião realizada no CAIC, a gravação da web conferência já está disponível no site da SECAD – Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. Para assisti-la, clique aqui.

O Blog do CAIC avisa , ainda, que o link para assistir as próximas web conferências estarão sempre disponíveis nas datas das transmissões.

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Primeira semana de aulas no CAIC

Primeira semana de aulas teve como marcas a alegria, a descontração, o entusiasmo e a sensação de reencontro.

A primeira semana de aulas no Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado foi marcada pela superação das expectativas e pelo contexto situacional em que funcionários, professores e estudantes buscaram seus espaços dentro de um ambiente de recomeço e início de uma nova etapa.

Na Segunda-feira, dia 17 de fevereiro, os estudantes foram recebidos com muito carinho pela Vice-diretora do turno Matutino, Professora Maria Gildecy.

Alguns pais de alunos ficaram em dúvida se os alunos permaneceriam na escola durante todo o dia, já a partir daquela data. A professora Maria Gildecy esclareceu a todos que, por uma questão de ordem organizacional e estrutural, a Escola em Tempo Integral não se iniciaria junto com as aulas.

A estimativa do diretor geral da escola, professor Carlos Alves Marques, é a de que a Escola em Tempo Integral recomece na próxima Segunda-feira, dia 21 de fevereiro.

Assim, durante essa semana, aconteceram no turno Matutino as aulas para os alunos do Ciclo da Infância (Fases I e II) e do Ciclo da Adolescência. No turno Vespertino, aconteceram as aulas dos Ciclos da Infância (Fase III) e do Ciclo da Pré-Adolescência. No prédio anexo, aconteceram o reinício das aulas para as crianças da Educação Infantil (Creche e Pré-Escola).

No turno Noturno, as coordenadoras do PROEJA, Maria do Socorro Mendonça Farias e Rosângela Marinho Ferreira recepcionaram os alunos com uma aula coletiva realizada no auditório da escola. No evento, o diretor geral Carlos Marques deu as boas-vindas aos estudantes e fez alguns esclarecimentos sobre o código de posturas a serem adotadas pelos alunos. Segundo ele,  não será permitido que nenhum estudante da escola entre no estabelecimento de ensino sem o fardamento, assim como não serão permitidos vestimentas como bermudas ou saias que não estejam abaixo do joelho. Fica proibido também o uso de bonés.

Também no mesmo evento, o funcionário Eric Thadeu Nascimento Souza, editor do Blog do CAIC, apresentou-o para os estudantes e falou rapidamente sobre o funcionamento do Conselho Escolar, cuja presidenta é a aluna Edna Prado, que representa o Segmento dos Alunos.

Também ela, a aluna Edna Prado, disse que se sente feliz com o recomeço das aulas, deu as boas-vindas aos colegas e ressaltou que está disponível para ajudar na escola em tudo o que for necessário.

Um momento muito especial foi quando a Coordenadora Geral da Biblioteca Valdelice Soares Pinheiro, professora Zélia Possidônio, foi convidada a recitar um poema de Castro Alves. Emocionada, ela o fez de forma brilhante e ainda falou sobre maneiras de se “adocicar a vida” e superar os obstáculos.

Abaixo, seguem algumas fotos que marcaram a semana no CAIC:

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Educação divulga premiação do Pátria Amada em Itabuna

“Ler é 10”. É com este tema central que o Concurso Pátria Amada da Secretaria da Educação e de Itabuna irá trabalhar neste primeiro semestre. O tema faz uma alusão não só à décima edição do projeto, como também representa um incentivo ao estímulo à leitura nas escolas e na comunidade, que integrará as atividades a serem desenvolvidas nas unidades escolares.

O Pátria Amada deste semestre terá como propósito incentivar o hábito da leitura como o caminho para a melhoria do desenvolvimento social e cultural, conforme ressaltou o assessor de Projetos Integrados, Diego Raniery.

A décima edição do Pátria Amada foi lançada no dia 7 deste mês,  durante abertura da Jornada Pedagógica e será destinada aos professores, coordenadores, alunos da rede municipal, alunos e professores do Projovem Urbano e aos alfabetizandos do Projeto BB Educar – Eu Cidadão.

As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de maio, no Departamento de Projetos Integrados da Secrataria da Educação. O regulamento completo e maiores informações sobre o Concurso Pátria Amada também já estão disponíveis no site oficial da prefeitura, no endereço eletrônico www.itabuna.ba.gov.br/patriaamada.

Raniery adiantou que durante o semestre será desenvolvida uma série de atividades nas escolas, inclusive a distribuição de livros e revistas, além de uma tarde de autógrafos, tudo em parceria com a Editora Abril, responsável pela doação dos livros e revistas. Também faz parte das atividades, o projeto de intervenção fazendo com que escolas e comunidade também participem da proposta.

Os prêmios

Raniery informou ainda, que a escola que desenvolver o melhor projeto ganhará como prêmio a instalação de uma “revisteca” da Editora Abril, que será montada no prédio da escola vencedora. A “revisteca” é uma sala com revistas e livros a serem fornecidos pela editora e equipada com móveis doados pela Secretaria da Educação.

Na categoria para professores e coordenadores haverá a exploração do tema “O livro que marcou minha vida”. Trata-se da elaboração de um texto onde o autor narra sua experiência com um livro considerado importante na sua formação. O autor da melhor história receberá um netbook.

Os alunos das creches e da pré-escola também estão incluídos na proposta do concurso. Eles deverão produzir livros coletivos e individuais recontando um clássico da literatura infantil. Já os estudantes dos Ciclos da Infância I, II e III participarão na categoria “Era uma vez”, com grupos de até 10 participantes e que vão dramatizar uma obra da literatura infantil.

Os alunos do ciclo da Pré-adolescência I, II e III deverão criar uma história em quadrinhos sobre a importância do hábito da leitura. O autor da melhor história receberá uma bicicleta.

Soletrando

Ainda durante o concurso, o assessor disse que haverá a Maratona de Soletração para alunos do Ciclo da Adolescência I, II e III.  As seletivas serão realizadas na própria escola e as palavras serão extraídas de uma obra literária a ser divulgada posteriormente pela Secretaria da Educação.

A final dessa categoria terá cinco finalistas de cada escola e o primeiro lugar receberá um computador como prêmio. Para os jovens e adultos do PROEJA I e II , do Projovem Urbano e do BB Educar,  a categoria escolhida foi “Sim, sou leitor e escritor”.

Nessa categoria, o aluno deverá construir sua auto biografia, enfatizando a importância da leitura e da escrita em sua vida.  O prêmio será um aparelho de micro system. A premiação final de todas as categorias está prevista para o mês de junho, em local ainda ser definido pela Secretaria da Educação. Os prêmios foram doações pelas empresas Trifil, Rede FTC, Editora Abril e Free Hand, consideradas parceiras importantes da Prefeitura de Itabuna.

Diego Raniery

Texto: Rosi Barreto. – Foto: Pedro Augusto. Direto do site da Prefeitura de Itabuna, publicado em 17/02/11.  

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

“Universo Paralelo” no Blog do CAIC

por: Ousarme Citoaian

NÃO FALTA DEFENSOR PARA A ARTOCARPUS

A jaca volta às manchetes, saída de onde menos se esperava, o Fórum Rui Barbosa, de Itabuna. E avisamos a quem interessar possa que se esta construção parece pleonástica, não o é, entretanto, pois há fóruns Rui Barbosa em todas as esquinas da Bahia – e com picilone na grafia, obviamente). Dito o que, vamos à jaca, propriamente dita. Volta e meia, a expressão papa-jaca (que é antônima de papa-caranguejo) ressurge, sempre em tom de ofensa, talvez pelo preconceito existente em torno dessa fruta. Mas a artocarpus integra, se bem me lembro, teve dois importantes defensores públicos (antes de Marival Guedes, há dias, aqui no Pimenta): Euclides Neto e Paulo Kruschewsky, que nos fazem muita falta.

NA JAQUEIRA, A RIMA DE NOBREZA E REALEZA

Euclides (foto), advogado e político engajado no compromisso da ascensão social de sua gente, prefeito de Ipiaú, cassado e preso pela ditadura militar, defendeu jaca e jaqueira – o fruto como alimento, a árvore como matéria de marcenaria, principalmente na fabricação de móveis em que nobreza rima com beleza.  Paulo, para quem a criatividade era uma espécie de segunda natureza, pregou, ao microfone, que jaqueiras fossem plantadas pelo prefeito ao longo das ruas de Itabuna, tornando nossa urbe verde e cheirosa. Antônio Lopes, papa-jaca lá das bandas de Macuco, viu com humor a opinião do ilheense Paulo Kruschewsky e a reproduziu no livro de crônicas Luz sobre a memória (Agora Editoria Gráfica/1999).

“JAQUEIRIZAR” É PRECISO, SEGUNDO PAULO

“Acredita o inventivo Paulo que com esse procedimento inesperado, o prefeito recuperaria a marca ´papa-jaca´, muito cara a todos nós, jogaria um bocado de oxigênio sobre esta paróquia irrespirável, faria as pazes com o Ibama em particular e com os ambientalistas em geral, ofereceria sombra e comida a caminhantes, viajantes e pedintes.”  – diz o cronista, e segue:  “É bem verdade que Paulo não explicou como fazer com as jacas imensas, maduras e cheirosas que vão despencar sobre os carros, quebrar para-brisas e atrair mosquitos, transformando a Cinquentenário num estranho lamaçal e a vida de algumas pessoas num inferno. Mas quem lá se preocupa com esse pequeno custo, diante de tantos benefícios?”

DISTÂNCIA ENTRE HÁBITO E PRECONCEITO

Leitor (a) nos recomenda cuidado quanto ao emprego da expressão língua culta (ou semelhante), que tangencia o preconceito. Nos arquivos implacáveis do Pimenta encontrei, em pouco mais de um ano desta coluna, oito menções: língua culta, linguagem culta, norma culta etc. Não se trata, no caso, de preconceito, mas da forma habitual de dizer as coisas. Em certo momento, escrevi, por minha conta e risco, “cultura livresca”, também sem preconceito contra quem lê. Os linguistas criaram a expressão “norma culta” sem querer humilhar ninguém (veja o incontestável Celso Luft!).  Mas concordo que a expressão dá o que pensar.

CONCEITO DE CULTURA PARA A SÉTIMA SÉRIE

Cultura – se me permitem um pouco de marxismo para crianças inteligentes da 7ª série – é o antagonismo entre o homem e a natureza. Tudo aquilo que acrescentamos ao ambiente é “cultura”. Assim, uma árvore não é elemento cultural (talvez seja agricultural!), mas um banco que é feito dessa árvore, sim. Da mesma forma que um berimbau ou uma palmatória. Aliás, usei muito o exemplo do berimbau, como elemento de cultura: nas casas da dita elite branca ele é pendurado na parede, como uma exótica peça de decoração; já entre pobres e negros tem forte valor histórico e até financeiro. Penso que um colar indígena guarde o mesmo duplo significado.

EIS AQUI O TIPO FACEIRO E DARWINIANO

Foram as práticas, tensões e rupturas com a natureza que formaram esse tipo faceiro e darwiniano que desfila pela ruas e becos, uns engravatados, outros sem camisa, mulheres e homens se rebolando ao som contagiante do arrocha, outros achando que depois de Mozart e Beethoven não se fez música que valesse o preço da pauta em que foi registrada. E há os que (a piada é anciã) consideram Brahms e Chopin apenas mal pronunciados nomes de bebida, sendo Bach o local onde as consomem. É a fauna um tanto patética chamada homo sapiens. O analfabeto tem cultura, sim, mas num sentido em que me é difícil fazer entender por alguns leitores.

O AMOR NÃO NOS AVISA, APENAS ACONTECE

“Aconteceu um novo amor”, cantou Caymmi, em Não tem solução/1952 (com Carlos Guinle), também ouvido com Nana, Betânia, Dick Farney (foto), Zizi Possi e outras vozes. O amor surgiu, emergiu do nada, em momento talvez inoportuno. Aconteceu. Feito uma virose, que pega de surpresa o infeliz portador. “Concurso de professor da rede estadual acontece hoje”, equivoca-se em manchete mais de meio século depois, o maior jornal da Bahia. Só “acontece” o que não está planejado, não se espera, vem atrapalhar nossos planos, como está no velho baiano: “Eu que esperava nunca mais amar/ não sei o que faça com este amor demais”. Grande Dorival.

SÓ “ACONTECE” O QUE NÃO FOI PLANEJADO

Redatores que tratam bem a língua costumam usar o verbo acontecer com o sentido principal registrado pelo dicionário Aurélio (“suceder ou realizar-se inopinadamente”). Machado de Assis, em Várias histórias, abona a definição: “Aconteceu-me uma aventura extraordinária”. Entre nós, um exemplo simples, porém recidivante, até que as autoridades policiem nossas estradas: ”Grave acidente aconteceu na Ilhéus-Itabuna”. Neste caso, o Caldas Aulete tem entendimento semelhante ao Aurélio – acontecer é “realizar-se algum fato inesperadamente”. Logo, como o concurso estava programado, ele não acontece. Mas “acidentes acontecem”, diz o adágio.

COLUNA SOCIAL COM CRIATIVDADE E GRAÇA

“Estou acontecendo no café soçaite”, brincava Miguel Gustavo, na voz fanhosa de Jorge Veiga (Betânia regravou Café soçaite/1953 no começo dos anos setenta). Era só uma sátira bem-humorada ao colunismo social da época, um tempo em que por lá existiam Ibrahim Sued, Jacintho de Thormes, criatividade e graça. Mais tarde, a indigência vocabular dos redatores fez com que o verbo acontecer fosse utilizado a torto e a direito, nos lugares mais escusos, sem nem sombra do charme que lhe dera o jornalista carioca Maneco Müller, famoso como o colunista mundano Jacintho de Thormes.

JORNALISMO GOSTA DE VERBOS NO PRESENTE

Na acepção que encontramos por aí, o maltratado acontecer se refere a algum evento que “ocorre”, ou que “se realiza”. Há dias, uma instituição cultural distribuiu convite para uma solenidade que acontecerá no dia tal, a horas tantas. Bobagem. Solenidades não acontecem, mas se realizam, ocorrem etc. E no caso da manchete citada lá em cima, como ficamos? Ficamos no bom senso, que recomenda o mais simples: em vez de dizer que  ”… o concurso acontece hoje”, diga-se “… será hoje” ou, como a linguagem jornalística gosta do tempo presente, “… é hoje”. Voltaremos ao tema. Antes, Nana Caymmi e Não tem solução.

Fonte: Coluna “Universo Paralelo”, publicada no Blog “Pimenta na Muqueca”, em 13/02/2011.

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

2011 – Ano da Educação Ambiental no CAIC Jorge Amado

A reta final da XVII Jornada Pedagógica da Escola Grapiúna aconteceu, no Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado, entre os dias 09 e 11 de fevereiro. Neste período, coordenadores e professores reuniram-se para articularem, entre si, as ações didáticas e pedagógicas que serão desenvolvidas ao longo do ano letivo.

Uma das decisões mais importantes tomadas, nesse período, voltou-se para a importância de articular-se as ações do Programa Mais Educação (‘Escola em Tempo Integral’) com a interdisciplinaridade tão presente no cotidiano escolar na sala de aula e fora dela.

Sob essa ótica, a professora Alineci Cardoso, comunicou oficialmente à este blog que o ano de 2011 “será o ano da Educação Ambiental no CAIC”.

“Isso significa que todas as ações do ‘Mais Educação’ estarão, de alguma forma, voltadas para este tema, o que não significa que outros serão preteridos, mas que, no tocante aos objetivos, o que se pretende é justamente articular a questão da Educação Ambiental com todas as outras áreas de conhecimento e com os fatos vivenciados pelos estudantes em seu dia-a-dia.”, completa a Professora Alineci.

Neste ano de 2011, o Programa Mais Educação oferecerá, no CAIC, as oficinas de Letramento, Educação Ambiental, Rádio Escolar, Fanfarra, Matemática, Capoeira, Informática Educativa, Xadrez e  Canto & Coral. Além disso, há também algumas novidades: a criação de mais uma oficina voltada para a área de Comunicação & Escrita (oficina de Jornal Escolar) e, na área Expressão Corporal e Cultura, cria-se a oficina de Teatro.

Abaixo, seguem fotos das reuniões realizadas nesta semana, no CAIC.

Jornada Pedagógica - Café da Manhã 2 Jornada Pedagógica - Café da Manhã 1

Jornada Pedagógia 2011 Jornada Pedagógica 2011 - 1 

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Assuntos e Temas Já Publicados no Blog do CAIC

1/3 de férias (1) 100 mil (1) 15 anos (1) 1º dia de aula (1) 200 mil acessos (1) 3 anos (1) 7 de Setembro (1) Abolição da Escravatura (1) Acessos (1) Ações Inovadoras no Livro Didático (1) Adeildo Marques (1) Administração (1) Adriana Santos (1) Adriana Silva (1) Adultos quebrados (1) AETU (2) África de Todos Nós (2) Agricultura Familiar (1) Água (1) Alcântara Pellegrini (1) Aleijadinho (1) Alimentação Escolar (1) Alineci Cardoso (4) Alô CAIC (1) Alunos da Casa (1) Amanhã... 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