No dia 21 de setembro de 2010, o Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado passou por um momento muito especial. Sob a coordenação da Professora Rosângela Marinho, realizou-se, entre os estudantes do turno Noturno, o Dia “D” de Leitura. Mais do que incentivar a prática da leitura entre os alunos, o evento foi especial porque os motiva à prática da poesia e da literatura, em todas as suas formas artísticas e representativas.
Após a realização do evento, as fotos que foram feitas por alguns professores perderam-se, o que deixou todo mundo com um enorme sentimento de consternação. Mas, eis que, pesquisando notas sobre o CAIC Jorge Amado na Internet, encontrou-se no site “Itabuna Centenária” algumas preciosidades. Para ver as fotos diretamente no site, clique aqui.
Além desse registro de fotos, o CAIC foi brindado, ainda no mês de Setembro, com um artigo assinado pelo Professor Cláudio Zumaeta, que esteve presente no “Dia D de Leitura”. O artigo foi publicado no Jornal “Agora” (Itabuna / BA). Segue abaixo as impressões do historiador, que participou do Dia “D” de Leitura (turno Noturno). Logo abaixo, as fotos do site “Itabuna Centenária”. Confiram:
A biblioteca “CAIC-de-Alexandria”
Fui convidado (21.09) pela coordenadora da Biblioteca do CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado – Itabuna / BA) professora Zélia Possidônio, para dizer algumas palavras sobre a importância da leitura. Aquele momento era parte do projeto “Dia D da Leitura: Leituras e Leitores(as) do CAIC”.
Aceitei – um convite da professora Zélia é irrecusável. Depois receei: soube que alguns membros do Clube do Poeta do Sul da Bahia estariam presentes, e, diante daqueles mestres que teria eu, um pequeno aprendiz, a dizer? Que coisas minimamente interessantes eu poderia falar frente àqueles grandes poetas, verdadeiros professores?! Fui assim mesmo: era minha grande oportunidade de aprender com quem sabe de fato!
Assim que cheguei ao CAIC, professora Zélia me levou a conhecer as instalações da Biblioteca Valdelice Pinheiro. Imediatamente, tive a certeza de que eu não estava ali para ensinar. Em verdade, eu estava ali para aprender, conforme o que meu coração intuitivamente descobrira! Posso, sim, fazer uma descrição dos aspectos físicos da Biblioteca, mas, nunca conseguirei descrever o “espírito” que ela contém! Só estando lá para tentar entender sua grandiosa simplicidade e doçura!
Vejamos, portanto: logo à entrada há um sofá cheio de almofadas (caso você se sinta melhor em ler por ali, lá está ele para lhe servir). Em seguida, num cantinho aconchegante um tapete estendido no chão e mais almofadas (se você achar melhor ler por ali, lá estão eles para lhe servir – já deu pra perceber que você não encontrará desculpas para deixar de ler, não é?!) e depois há um armário “fechado” com um grande laço de fita amarela – é o “Mistério do Armário” (que você só descobrirá se for visitar a Biblioteca) e mais: mesas limpas e cadeiras acolchoadas; poesias e trechos de livros que “caem” do teto diante dos nossos olhos, prateleiras e prateleiras repletas de livros diversos para todos os gostos e todas as idades. Tudo naquela Biblioteca estimula a leitura, a criatividade, a aprendizagem, a poesia e a paz! Não há dúvida: a Biblioteca do CAIC é a nossa Biblioteca de Alexandria da pós-modernidade!
Horácio, filósofo e poeta romano, escreveu: “Colha o dia, confia o mínimo no amanhã. Podemos sempre ser melhores. Basta pensarmos melhor”. Professora Zélia Possidônio e Professora Maria José Diniz (Coordenadoras da Biblioteca) fizeram e fazem isso com muito Amor: colhem a cada dia esperanças dentro daquela Biblioteca “CAIC-de-Alexandria”! Mas, não fizeram, nem fazem sozinhas, o que é muito bom, pois, contaram e contam com a ajuda de todos: Carlos Marques (Diretor); Cássia Tereza (Vice-Direção); Rosângela Marinho e Maria do Socorro Farias (Coordenação Pedagógica); e ainda Eliana Godim, Elisdete Porto, France Jane, Ivete Maria dos Santos, Maíra Jorge Bandeira, Maria Senhora Oliveira, Maria José Xavier, Rozana dos Santos Oliveira, Zelita Veloso Lima, Zilma Nascimento (professores/as); Gidevalda Cardoso (assessora Proeja). O secretário da Educação do Município, Gustavo Lisboa, sempre muito atento, foi uma ausência sentida, ainda que bem representado pela professora Adriana.
Contudo, o melhor ainda estava por vir! Adeildo Marques (jornalista e Presidente do Clube do Poeta), Antônio Baracho (psicólogo e poeta), Clorisvaldo Argolo (massoterapeuta e poeta), Antonio Oliveira (filósofo e poeta), Romilton Teles (advogado e poeta), Zélia e tantos outros poetas se revezaram em récitas emocionantes, educativas e geniais! Quer uma provinha do que você perdeu?… “Voo vazante: ficam quietas numa pedra qualquer do Rio Cachoeira… Parece o lamento das garças… O silêncio poético, a tristeza doida. Uma garça aqui, outra acolá. Solidão para voar. O itabunense passa e sempre vê uma garça triste, como se fosse um bibelô para olhar.” (Zélia Possidônio). “O olhar reflete a luz que vem lá do coração… O olhar é belo e puro quando poema e emoção.” (Adeildo Marques). E ainda: abraços, música e muita amizade!
Foi um encontro de saberes: obrigado, gente, pelo muito que aprendi…
Cláudio Zumaeta.
Historiador graduado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC, Ilhéus / BA). Administrador de Empresas graduado pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal – Salvador / BA).
Artigo publicado no Jornal “Agora” (Itabuna / BA). Setembro de 2010.
Fotos: Site “Itabuna Centenária”, publicadas no dia 22 de setembro de 2010.
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