sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pais e adolescentes: o relacionamento vale a pena. (Nancy Van Pelt).

O Novo Dicionário Internacional de Webster define adolescência como “os anos que estão entre os 13 e os 19 da vida de uma pessoa”. Essa declaração não explica muito, não é mesmo? Em inglês, as pessoas dessa idade são conhecidas como teens. A palavra vem do antigo vocábulo teona, que significa ofensa, irritação, aflição. Sim, esses anos podem ser dolorosos tanto para os pais como para os adolescentes. Pais e adolescentes: o relacionamento vale a pena vassiliki koutsothanasi

O adolescente ainda não pode ter a liberdade de uma vida adulta, mas também já não tem os privilégios de ser criança. Pode-se dizer que, durante sete anos, ele está preso nas garras do tempo. Em geral, na idade de 15 anos, o jovem sente que tudo é proibido para ele. Não pode dirigir um carro, casar-se, pedir dinheiro emprestado, tomar suas próprias decisões, votar ou entrar para o exército. Mas deve ir à escola, quer queira, quer não. Todas essas negativas atrapalham o relacionamento entre adultos e adolescentes, e isso prevalece até que o adolescente consiga se emancipar financeiramente.

O rádio, a televisão e outros meios de comunicação apresentam várias estatísticas referentes à delinquência juvenil, ao crime, às adolescentes que ficam grávidas e às drogas. Os adolescentes do nosso tempo são piores do que fomos quando jovens? Talvez não sejam piores, mas pode-se dizer que são muito diferentes dos adolescentes de vinte ou trinta anos atrás. Ainda que façam quase as mesmas coisas que fazíamos no passado, estão agindo assim muito mais cedo. Os sociólogos confirmam que as crianças crescem mais rápido em nossos dias. Vão a encontros amorosos mais cedo e conhecem aspectos da vida adulta com uma antecedência imprópria. Têm mais dinheiro, mais meios de transporte, mais tempo livre e menos supervisão que antes. Amadurecem sexualmente três anos mais cedo que a geração anterior.

Os problemas do mundo adulto complicam mais a situação. O divórcio, a inflação, a crise de energia e a corrupção política que existem na atualidade não são quadros atraentes. Os adultos que não podem enfrentar suas próprias dificuldades não estão capacitados para enfrentar os problemas que surgem na vida do adolescente. Durante a difícil fase do crescimento, o adolescente precisa de pais que possam reconhecer que estão acontecendo nele certas mudanças que o transformarão num adulto; precisa de pais que o compreendam com paciência, e não que reajam contra seu comportamento.

No começo da adolescência, o filho geralmente aceita a autoridade dos pais, sem necessidade de muita persuasão. Quando um pouco mais velho, o adolescente quer verificar tudo o que você diz. A mesma criança que parecia estar contente sob seu cuidado começa a causar problemas, fica inquieta e se irrita com facilidade.

O método de disciplina que você usava anteriormente perdeu sua eficácia. A autoestima do adolescente começa a adquirir grande importância, a responsabilidade vira coisa do passado. O companheirismo e a amizade que você sonhava ter com seu filho parecem ter se transformado em fumaça. Os momentos de diálogo que você planejava não se tornaram a realidade esperada. O adolescente não quer ficar em casa com a família. Quando fica, sua mente divaga e não presta atenção. Age como se fosse feio ser visto na companhia de seus pais. Seus altos e baixos emocionais, seus ataques temperamentais e seus períodos de indolência começam a causar confusão.

E você se pergunta se talvez esteja perdendo sua competência como pai e o contato com seu filho. Sente-se confuso e decide buscar ajuda para entender melhor o que acontece com você mesmo e com seu filho. Procura se lembrar do que acontecia em sua juventude, mas os anos passados estão nebulosos em sua lembrança. Os lamentáveis fracassos de seus amigos com os filhos o confundem. Com novas forças, com a esperança de ter certo sucesso com seu adolescente, você enfrenta o problema e faz o melhor que pode, mas logo descobre que nuvens escuras anunciam outra tempestade.

Se essa situação descreve parcialmente sua relação com seus filhos, acalme-se, porque está dentro do que ocorre normalmente. Você não precisa sentir que fracassou como pai pelo fato de ter alguns problemas de comunicação com seu adolescente. Todos os filhos, de uma forma ou outra, expressam sua rebeldia contra os pais.

Pontos positivos e negativos da rebeldia

Quando meu esposo e eu fazemos seminários para pais de adolescentes, às vezes perguntamos se eles, os pais, percebem a rebeldia como uma experiência positiva ou negativa. Em geral, a resposta é que a rebeldia é uma experiência negativa. É a resistência ou a rejeição à autoridade. Mas pensemos por um momento no que aconteceria se a criança nunca resistisse ou recusasse o controle paterno. Ela ficaria sempre sob sua autoridade e, talvez, sob seu teto.

Durante a adolescência, o jovem começa a rejeitar alguns valores de seus pais, suas ideias e seus controles e passa a estabelecer seus próprios limites. Em certo sentido, esse é um processo positivo, é o estabelecimento de sua própria individualidade, seus princípios éticos, seus valores, suas ideias e suas crenças. Para alguns jovens, esse processo ocorre nos primeiros anos da adolescência; em compensação, para outros, chega mais tarde. Para alguns, é uma transição difícil; mas, para outros, é bastante fácil. Os pais com filhos que manifestam um pequeno grau de rebeldia se surpreendem quando escutam histórias de outros pais que fracassaram no relacionamento com seus filhos, experimentando muita angústia, dissabores e desafios diretos.

O processo de estabelecer a própria identidade é um passo necessário para todo adolescente. Se não faz isso durante a adolescência, que é o momento oportuno, o mais provável é que acabe acontecendo mais tarde. Talvez durante a idade adulta. Muitas situações críticas da vida adulta podem, na realidade, ser consideradas períodos de rebeldia em estado latente. É muito mais saudável quando essa experiência acontece naturalmente.

Direitos X privilégios

Com frequência, os adolescentes exigem privilégios, achando que estes são seus direitos. Alguns ficam confusos sobre o que é direito e o que é privilégio. E os direitos dos pais? Tudo certo nesse aspecto? Vamos ver? Marque de acordo com a escala

1. Definitivamente sim.
2. Provavelmente sim.
3. Talvez.
4. Provavelmente não.
5. Definitivamente não.

1. Acho que tenho o direito de impedir que meu filho adolescente tenha más companhias. 2. Acho que tenho o direito de recusar que meu filho dirija antes da idade recomendada. 3. Acho que tenho o direito de privar meu filho de privilégios que ele não merece. 4. Sinto que tenho o direito de indicar parâmetros em relação à aparência, principalmente quando questões morais estão envolvidas.

Pontuação: Cada um dos quatro itens é um direito dos pais, mas lembre-se de que cada direito dos pais precisa ser exercido com sabedoria.

O adolescente, através de sua atitude rebelde, procura o reconhecimento de sua individualidade. Não quer que seus pais o considerem um objeto de sua propriedade, apesar de continuar sob a responsabilidade deles. Tenta descobrir quem na realidade é, no que crê e os princípios que defende. Tanto a sua identidade como o respeito próprio estão em jogo. Em sua ansiedade de encontrar a resposta para essas inquietações, talvez reaja agressivamente contra a autoridade dos pais, como nunca havia feito antes. É por isso que você, como pai ou mãe, deve ter a sabedoria necessária nesse momento para reconhecer que a reação de seu filho não é uma atitude pessoal contra você, mas parte de um processo normal que está se desenvolvendo no interior dele.

A rebeldia normal levará o adolescente a uma vida adulta madura. Esse período construtivo o ajudará a se libertar de seus traços infantis e a desenvolver sua própria independência. Nessa fase, pode ser difícil manter os canais de comunicação abertos. Mas, especialmente nos períodos de dificuldade, tanto os pais como o adolescente devem manter a comunicação e explorar os problemas persistentes. Lembre- -se de que o adolescente não pode controlar suas emoções sozinho e de forma racional, tampouco está equipado para enfrentar as intensas emoções de seus pais.

Talvez a grande alteração no humor do adolescente frustre os pais. Às vezes, ele se comporta como se fosse “o rei da montanha”, de onde contempla a beleza e o esplendor da vida. Mas, antes que você possa se adaptar a esse estado de ânimo tão otimista, ele cai no abismo do desespero e do desânimo. Todos os aspectos da vida parecem crescer de maneira exagerada e descomunal. Todas as coisas são boas ou feias, quentes ou frias, maravilhosas ou detestáveis. A maturidade das ações e reações dos pais ajudará o adolescente a reconhecer que a vida é 10% do que acontece a uma pessoa e 90% de como essa pessoa reage diante dos acontecimentos.

Apesar de o adolescente esquadrinhar todas as coisas, ele não faz uma pausa suficientemente longa para deter-se em algo particular. Um dia, pode desviar um quarteirão de seu caminho para ver Júlia, mas, poucas semanas depois, caminha dois quarteirões para evitá-Ia. Num dia, não consegue parar de comer pizza, mas, no outro, não entende por que as pessoas acham tão bom comer pizza.

Durante as fases normais de rebeldia, você pode esperar que seu filho adolescente desafie sua autoridade em vários aspectos: ao responder a você, ao argumentar, ao discutir as regras e os limites, ao questionar sua religião e ao recusar valores, que, por tanto tempo, fizeram parte da família. Pode também demonstrar claramente o mesmo desafio à sua autoridade através das roupas que usa e da música que ouve. Muitos adolescentes demonstram a rebeldia através do álcool, das drogas e do sexo.

Se o período de rebeldia do adolescente irá se manter nos limites do “normal” ou se será uma coisa anormal, depende, em grande medida, da intensidade e direção da reação dos pais. Se você redobra seus esforços para controlar a situação sem levar seu filho em consideração, a sementinha da rebeldia criará fortes raízes nele. Talvez você possa controlá-lo por algum tempo, porém o mais provável é que ele decida se distanciar de qualquer forma. No entanto, se você tiver paciência, enquanto seu filho busca se achar, seu relacionamento com ele se manterá dentro dos limites saudáveis e construtivos, o que é muito importante. O que você acha?

A rebeldia anormal

Talvez você pergunte: “Se tudo isso for normal, o que será anormal?”. A rebeldia anormal prejudica a família quando há constantes discussões, por exemplo, sobre o carro, os namoros, as amizades, as regras, as limitações ou o dinheiro. A guerra fria se estabelece no lar em que os membros da família têm medo de falar para não aumentar a rebeldia. A rebeldia anormal tira o jovem do caminho principal da vida e o força a andar por um caminho estreito que o leva a uma vida cheia de amargura e ódio.

A rebeldia anormal pode ser medida através do seu grau de intensidade e da frequência com que ocorre. Por exemplo, certa vez, alguns rapazes passaram com o carro nos jardins das casas da vizinhança, destruíram plantas e flores, bateram nos postes de luz e derrubaram paredes com machados. O pai de um desses adolescentes frustrados, aborrecidos e ricos disse: “Estão apenas extravasando seu ânimo”. E que ânimo! O dano ficou em torno de 400 mil dólares.

Hoje em dia, mais da metade dos roubos em lojas são feitos por adolescentes, e a maioria pertence à classe média. Não roubam porque têm necessidade, mas pela emoção que essa experiência proporciona. Duas garotas de Beverly Hills tentaram roubar umas blusas caras. Surpreendidas pela polícia, propuseram devolver a mercadoria às prateleiras em troca da liberdade. Sua travessura demonstrava ser outra forma de rebeldia ao declarar “Não vou obedecer às regras”. Às vezes, esses adolescentes procuram desesperadamente dizer a seus pais: “Talvez assim me deem atenção”.

A rebeldia é anormal quando o adolescente se nega a obedecer, por qualquer razão, às regras do lar, ignora o horário de voltar para casa, faz uso de bebidas alcoólicas e drogas, pratica sexo, vive transgredindo as leis e se veste com roupas esquisitas. Em poucas palavras, pode-se dizer que a rebeldia anormal carrega consigo uma recusa total das normas estabelecidas pela família ou das responsabilidades sociais. Quanto mais jovem é o adolescente quando entra nesse estado de rebeldia anormal, mais difícil será para a família controlar a situação, especialmente se as crianças menores percebem o que está acontecendo e procuram imitar esse comportamento.

É possível que você nunca tenha de enfrentar uma rebeldia anormal. Mas, se tem dois ou mais filhos, a possibilidade de se deparar com tal situação é maior, mesmo que você tenha dito: “Quando meus filhos se tornarem adolescentes, não se comportarão dessa maneira porque eu não vou permitir”. É difícil para um pai de criança pequena visualizar o que o espera nos próximos anos. Ele pode dizer a um filho pequeno que se sente em uma cadeira até que ele retorne e espera encontrá-lo sentado ao voltar. Isso não funciona com o adolescente. O adolescente tem sua maneira de pensar, sua individualidade e sua própria personalidade. Sua mentalidade e sua personalidade não podem ser controladas todo o tempo. Eu também me senti inclinada a culpar os pais e os métodos inadequados de disciplina, até que experimentei uma rebeldia anormal com um dos meus três filhos.

Como mãe jovem, fui amiga íntima de uma mãe que tinha quatro filhos. Eu pensava que, se alguém pudesse ter filhos perfeitos, seria ela. Ela e o esposo eram cristãos dedicados, a família inteira participava regularmente dos cultos familiares. Nesse lar, não se praticavam normas de duplo sentido. A união familiar ocupava uma prioridade bem elevada. No entanto, esses pais tiveram dificuldades sérias com um de seus filhos durante a adolescência.

Aquela mãe, desesperada, me escreveu na ocasião:

As coisas melhoraram um pouco no que se refere a meu filho Tim. Ele vai à igreja regularmente e terminou o namoro com uma garota que não convinha. Trabalha à tarde e estuda pela manhã. Passa seu tempo livre cuidando do carro. Há muitas coisas que precisam ser melhoradas, mas a situação já mudou muito.

Foi uma experiência muito dura para mim, mas aprendi algo bom. Finalmente, fiz uma distinção entre minhas responsabilidades e as de meu filho. De uma ou de outra forma, eu tinha cometido o erro de pensar que, se criasse meus filhos de acordo com a Bíblia, automaticamente eles seriam bons. Mas me esqueci de considerar a vontade humana. Só podemos fazer nossa parte, e o filho deve decidir se lhe convém seguir nosso exemplo e adotar nossos ensinos. Rogo a Deus que, em seu caso, nunca passe pela mesma experiência.

Minha amiga mencionou vários pontos interessantes. Para começar, chega o dia em que nós, os pais, não podemos nos sentir responsáveis pelas decisões irresponsáveis de nossos filhos adolescentes. Se eles preferem tomar decisões irresponsáveis, apesar de nossos avisos e conselhos, devem, então, arcar com as consequências. Em segundo lugar, as crianças não se tornam boazinhas automaticamente quando lemos a Bíblia para elas, quando fazemos o culto familiar e procuramos o “melhor” para elas. O estudo da Bíblia, o culto familiar, as escolas cristãs, a ida à igreja regularmente, o exemplo dos pais e a disciplina coerente são valores essenciais, mas não garantem que nossos filhos serão bons. Nenhum pai deve tentar manter o controle absoluto do destino de seu filho adolescente. Deus nos dá liberdade para tomar decisões. Como Ele, devemos permitir que nossos adolescentes tenham a liberdade de tomar suas próprias decisões.

Deus sempre nos recebe quando nos arrependemos e pedimos perdão. Da mesma maneira, devemos estar sempre dispostos a receber o filho que cometeu um erro. Um de nossos filhos manifestou um alto grau de rebeldia em nosso lar. Durante esses anos críticos, ele desafiou os valores religiosos que lhe havíamos ensinado e rejeitou os princípios que serviam de direção para nossa vida. Ele se sentava conosco durante o culto familiar, mas nos fazia entender que preferia não estar ali. As sextas-feiras à noite eram nossa “noite família”. Líamos histórias inspiradoras, cantávamos hinos e, durante o inverno, nos sentávamos junto à lareira para desfrutar daquele ambiente familiar. Eram momentos destinados a unir a família, depois de uma semana de muita agitação. Ao final, nos juntávamos em círculo e nos abraçávamos enquanto orávamos. Isso simbolizava nossa unidade e um relacionamento estreito que reinava entre os membros da família.

Durante a semana, podíamos ter dificuldades com nosso filho rebelde, mas, às sextas-feiras à noite, sempre o abraçávamos. Queríamos que ele entendesse que o amávamos e que fazia parte da família, apesar dos desacordos. Nesses anos críticos, durante um tempo, ele permitia que o abraçássemos, mas se mantinha rígido como um soldado de madeira em posição de sentido. Entendíamos sua mensagem silenciosa: “Se não posso fazer o que quero, vou demonstrar que estou me distanciando”. Nunca mencionamos que ele devia corresponder ao nosso caminho. Mas continuávamos amando-o.

Deus nunca deixa de nos amar. E, representando Deus diante de nossos filhos, devemos demonstrar esse tipo de amor incondicional e indestrutível mesmo em relação ao adolescente rebelde, não importa quão difícil ele seja.

Alguns princípios poderão servir de guia para entender o adolescente durante esse período. O primeiro é o seguinte: aprenda a se comunicar. Abandone as guerras verbais intermináveis que o deixam esgotado e desanimado. Os gritos apenas enfraquecem a autoridade e fazem o adolescente levar vantagem. Se é cada vez mais difícil controlar seu filho de catorze anos que desobedece às regras, se ele tem uma atitude cada vez mais desafiadora e vive de acordo com seu próprio código de ética, é importante que você reaja logo, porque, de outro modo, perderá completamente o controle, e há a possibilidade de perder seu filho para sempre.

Essa situação exige que você fale seriamente com o adolescente. Poderá fazê-lo num lugar público (por exemplo, num restaurante), onde a situação emocional seja mais bem controlada. Durante o diálogo, convém assinalar, sem acusar ou julgar, a seriedade da situação. Explique-lhe que isso acontece também a outros adolescentes. Faz parte do processo necessário para estabelecer os valores e a identidade do indivíduo. No entanto, mesmo que o jovem queira mais liberdade, não deve fazer o que bem quiser. Como pai ou mãe, você tem a sagrada responsabilidade de protegê-lo e não deve descuidar dessa obrigação.

Talvez você queira pedir desculpas a seu filho por não ter reagido sempre de maneira positiva. Os pais que pedem sinceras desculpas ganham um ponto com seu filho adolescente. Essa atitude pode fortalecer o respeito que ele tem por você e estreitar os laços que estavam se enfraquecendo. Talvez você tenha perdido a calma, reagido precipitadamente ou agido de forma exagerada. Demonstre sua intenção de corrigir seu comportamento para que haja mais entendimento no futuro. Depois, estabeleça limites. Diga-lhe que o fato de estar crescendo e de que logo agirá por conta própria não significa que, agora, pode fazer o que bem entende em casa. Todos devem respeitar regras gerais da família, necessárias para que existam paz e harmonia. Mencione quais são as regras das quais você não vai abrir mão. Fale calmamente que, se ele escolher desobedecer deliberadamente, você terá que tomar algumas medidas drásticas. (Não é preciso enumerar as medidas que pretende adotar nessa fase se a desobediência continuar.)

Fale com amor. Manifeste sua preocupação e o quanto o ama. Diga-lhe que deseja ter um lar feliz durante o tempo que ainda vão ficar juntos como família. Convide-o a viver em paz, e não em guerra. Peça sua cooperação para que reine a harmonia na família e peça-lhe que ajude com as responsabilidades do lar. Se você respeitar seu filho, ele terá mais respeito por si mesmo e por você.

Protegendo, dando sermão ou imunizando?

Como os pais podem ajudar os adolescentes a conseguirem uma independência segura? O método mais comum usado por pais cristãos é controlar completamente o ambiente que rodeia o jovem. Esses pais tomam as decisões quando se trata de entretenimento, amizades, roupas, músicas, material de leitura, programas de televisão e filmes a que seus filhos assistem. Colocam os filhos em colégios cristãos com a esperança de isolá-Ios das más influências e sustentar seus princípios. No entanto, a tentativa de controlar o ambiente do adolescente não produz resultado positivo.

Você não pode isolar completamente seu filho adolescente da influência da sociedade. Os mesmos problemas que existem em escolas públicas podem ser encontrados nas escolas particulares, em algum grau. Um dia, o adolescente terá que abandonar esse ambiente controlado e protegido do lar e não estará preparado para enfrentar a realidade da vida.

Outro erro comum ocorre quando os pais reagem exageradamente em relação às influências negativas. Eles pensam que, ao reagir com uma crítica dura e negativa contra as normas e atividades reprováveis, o adolescente as evitará no futuro. Por exemplo, num esforço de evitar que o filho ouça certo tipo de música, o pai começa a fazer comentários desfavoráveis sobre isso.

Em geral, esse método é contraproducente. Muitos adolescentes não se impressionam nem dão atenção à reação drástica. Talvez respeitem ou sejam indiferentes em casa, mas, fora, voltam-se contra o que seus pais disseram. Os filhos podem manter atividades clandestinas mesmo dentro de sua própria casa, enquanto aparentam um bom comportamento. Quando, finalmente, os pais descobrem a verdade, enchem-se de culpa e aflição. Perguntam-se: “Como é possível que meu filho siga os maus costumes dos outros se ensinamos exatamente o contrário?”.

O recurso mais efetivo para ensinar valores e normas ao adolescente é o “método da vacina”. Quando os pais dão a seus filhos a oportunidade de receber pequenas doses de agentes infectados para adquirir imunidade contra a doença, estão preparando-os eficazmente para resistir ao mal. Em vez de dar sermões sobre as influências negativas ou tentar isolar os filhos, ensine os valores através do exemplo e da discussão direta das situações a que estão expostos e que merecem censura. Quando surgir algum problema, analise junto com seu filho os pontos positivos e os negativos. O jovem é exposto a pontos de vista claros e lógicos, sendo orientado sutilmente.

Alguns pais, tão cedo quanto possível, permitem que o filho tome sua própria decisão, mesmo que esta não seja a melhor. É preferível que o jovem aprenda logo cedo a evitar as decisões inadequadas. Poucos pais conseguem tolerar essa atmosfera de franqueza, mas é a forma mais efetiva de enfrentar a situação. A maioria dos pais se sente obrigada a decidir por seus filhos adolescentes. No entanto, a capacidade de tomar decisões sábias é algo que pode ser aprendido. É como um músculo que se exercita repetidamente para que se desenvolva.

Os pais conscientes que querem complementar o “método da vacina” poderão ajudar o adolescente a elaborar as normas do lar relativas a certas atividades. Algumas atividades importantes, como dirigir o carro da família, sair com jovens do sexo oposto e o comportamento sexual, podem ser controladas com sucesso se forem mencionadas as precauções. Antes do período em que o adolescente tenha permissão para, por exemplo, namorar ou dirigir, deve ser encorajado a sugerir normas relativas a essa atividade. Os pais podem contribuir nessa elaboração, chegando, junto com seu filho, a um acordo, que pode ser registrado por escrito. Esse método é muito eficaz, porque, quando o jovem formula uma regra e decide respeitá-Ia, faz isso com mais fidelidade do que se fosse algo ditado apenas por seus pais. É importante que você receba toda a comunicação que puder da parte do adolescente e que ofereça o mínimo de orientação parental.

Tal enfoque requer tempo, esforço e paciência, mas proporciona grandes e ricos resultados. O adolescente que é encorajado a tomar suas próprias decisões tende a colaborar com os regulamentos da família, desenvolvendo uma independência saudável e um respeito próprio positivo — duas características indispensáveis nessa fase.

“Todo mundo faz isso”

Uma armadilha comum em que os pais caem é o argumento apresentado pelos filhos: “Todo mundo faz isso”. Nesse caso, os pais devem explicar que nem todo mundo faz as coisas da mesma forma; e, portanto, não precisam saber o que outros pais estão fazendo. Devem dar ao adolescente a liberdade que ele deseja, mas até onde seja razoável. No entanto, é muito importante que os pais cristãos estabeleçam logo na vida da criança que eles, em geral, fazem coisas diferentes dos pais não cristãos, porque seu sistema de valores é diferente.

Dizer “não” imediatamente quando o filho adolescente pede permissão para fazer algo pode ser um erro. Os pais sentem que estão pisando em terreno seguro quando adiam as coisas para o outro dia. Por isso, começam dizendo “não”, mas, depois de ouvir os argumentos do filho, com frequência mudam de opinião e dizem “sim”. Essa atitude ensina ao jovem que vale a pena insistir e discutir e que um “não” significa, na verdade, um “talvez... vou pensar”. Uma estratégia mais inteligente seria dizer: “Explique tudo direitinho, e depois tomarei uma decisão”. Quando o jovem lhe apresentar os fatos, diga-lhe: “Ainda não tomei uma decisão. Preciso de tempo para pensar. Quero falar com sua mãe (seu pai), e depois lhe diremos o que decidimos”. Tome a decisão mais racional possível e a cumpra a todo custo.

Castigo para os adolescentes

Os pais não devem castigar fisicamente o adolescente. Ele se considera adulto e crê que apanhar é para as crianças. Sua autoestima não pode ser sacrificada no altar do ressentimento. Isso não quer dizer que o controle deva ser abandonado. Ao contrário, o adolescente precisa de uma supervisão firme e constante. Muitos erros e faltas do adolescente podem ser corrigidos com diálogos, num clima de amor e consideração. Se esse método fracassar, talvez seja conveniente tirar-lhe alguma regalia: sair com os amigos, usar o carro ou coisas parecidas. Reter a mesada ajuda a controlar o comportamento, mas não use esse método para que ele melhore as notas na escola.

As medidas disciplinares funcionam de forma mais efetiva entre os adolescentes quando eles colaboram na elaboração das regras e do castigo por sua desobediência. Uma mãe, quando seu filho voltou certa noite catorze minutos depois da hora combinada, disse: “Aplique você mesmo o castigo que merece e faça-o agora”. “Sou um idiota!”, exclamou o jovem em voz alta. “Se voltar a chegar tarde, perderei o privilégio de sair à noite, coisa que não quero”. Com um sorriso, continuou, com toda a riqueza de detalhes, fazendo o ritual que seus pais faziam para dar-lhe bronca quando desobedecia, incluindo as razões, e tomou a decisão de voltar para casa antes da hora combinada. Essa atitude ajudou sua mãe a manter a calma num momento em que se encontrava muito cansada para agir com justiça. Além disso, ela ficou satisfeita ao ver que ele aprendera a agir com responsabilidade. A partir daquela noite, o rapaz passou a chegar sempre cedo.

Responsabilidades de trabalho para o adolescente

Antes que um astronauta esteja capacitado para viajar num veículo espacial, ele recebe instruções muito cuidadosas sobre a forma como o veículo deve ser operado. Quanto mais ele aprender e praticar, melhor astronauta será. Da mesma forma, antes que um adolescente possa assumir as responsabilidades da vida adulta, precisa aprender sobre essa vida e como vivê-Ia. Portanto, os pais sábios transformarão seus lares em laboratórios, onde cada adolescente poderá praticar a arte de viver.

Os adolescentes de ambos os sexos devem aprender a cozinhar, lavar, limpar a casa, fazer reparos simples e compras no supermercado, equilibrar o orçamento e fazer planos para eventos sociais.

É muito bom que os adolescentes tenham responsabilidades e se mantenham ativos. A um jovem de 16 anos, por exemplo, não se deve apenas deixar que lave o carro, mas que também dê sua opinião sobre a compra de um novo automóvel. Não se deve apenas pedir a um adolescente que limpe as janelas e a casa, mas que tenha voz e voto na escolha de materiais e cores que devem ser usados na decoração.

Embora os adolescentes devam participar das tarefas domésticas, os pais devem permitir que eles tenham tempo livre para realizar suas próprias atividades. Se João joga basquete nas terças-feiras à noite, não é justo que se negue esse privilégio a ele porque nessa noite ele tem de lavar os pratos. É bom fazer um programa adequado. Se o pai e a mãe o ajudarem a lavar os pratos, ele também aprenderá a ajudar os outros quando se encontrarem em necessidade.

Os pais devem dar prioridade ao adolescente que trabalha fora parte do tempo. As tarefas do lar não devem interferir, a menos que a situação no lar o requeira. O trabalho de meio período oferece ao adolescente um sentido de prestígio, e às vezes uma fonte de dinheiro pode até ajudar a definir sua carreira. Permita que o adolescente dedique gradualmente mais tempo ao trabalho e menos tempo às atividades do lar, se assim o desejar.

Durante a adolescência, a escolha do momento certo ocupa papel relevante no ensino da responsabilidade. E, de novo, relembramos que o momento mais favorável para ensinar responsabilidade ao jovem é quando ele demonstra interesse definido por certa atividade. Um jovem chegou em casa todo entusiasmado quando aprendeu a fazer um dispositivo elétrico na aula de eletricidade. Pensou que seria capaz de fazer um que abrisse a porta da garagem. O pai o incentivou para que fizesse o projeto; ambos conseguiram os materiais necessários e começaram a trabalhar na garagem durante seu tempo livre. Como o dispositivo elétrico foi um verdadeiro sucesso, pensaram em novos projetos que pudessem ser realizados com as ferramentas do pai. Dessa maneira, o filho, que nunca tinha se preocupado com o futuro, começou a pensar na carreira de eletricista ou engenheiro elétrico.

Em um estudo recente, 88% dos jovens que estavam com problemas com a lei responderam “nada” quando indagados sobre o que faziam no seu tempo livre. O trabalho caseiro, especialmente a limpeza das paredes e dos pisos, ajuda a manter a boa forma, a desenvolver os músculos e a canalizar as energias próprias da juventude e da vitalidade de um corpo em desenvolvimento. Cozinhar e costurar ajuda o jovem a se preparar para realizar os trabalhos do lar. O trabalho é a melhor disciplina que um adolescente pode ter. Ele ensina as virtudes da laboriosidade e da paciência; ajuda a escolher uma profissão para os anos seguintes; mantém o jovem ativo e livre da ociosidade e do mau comportamento; e possibilita a integridade, a confiança e o respeito próprio.

Como motivar um adolescente

Talvez você tenha feito o melhor para ensinar a seu filho adolescente o sentido da responsabilidade, mas, às vezes, pode ser difícil fazer com que ele vá na direção certa. Como esse é um período em que predomina uma atitude egocêntrica na vida do jovem, as recompensas que interessam a eles podem ser especialmente úteis. Nesse caso, as informações a seguir serão de muito valor:

1. Escolha uma motivação importante para ele. Emprestar o carro quando ele já tem a habilitação, durante duas horas por algumas noites, pode ser um grande incentivo. Uma jovem talvez se interesse em roupas. Se os recursos para adquirir suas próprias coisas são colocados ao alcance do adolescente, você tem uma boa alternativa para evitar os pedidos, a reclamação, os gritos, as queixas e os lamentos que poderiam ser produzidos. Você poderia dizer: “Estou disposto a comprar a blusa que você quer, mas você tem que merecer”. Uma vez que estejam de acordo em relação ao incentivo ou à motivação, será necessário dar um segundo passo.

2. Formalize seu acordo. Uma excelente maneira de alcançar esse objetivo é através de um contrato escrito que tanto o adolescente como o pai ou a mãe tenham firmado. Meu esposo e eu fizemos um contrato com nosso filho Mark, dando- -lhe a oportunidade de dirigir o carro. Sim, ele poderia, mas teria que ganhar esse privilégio comportando-se bem. Dirigir um carro requer responsabilidade, e ele devia mostrar-se responsável em outras áreas da vida para poder dirigir. Uma cláusula dizia que Mark deveria acumular 25 mil pontos num período de seis semanas, porque, caso contrário, o contrato seria anulado. Ele também compreendeu que seu comportamento inadequado poderia fazê-Io perder pontos. Com o desconto dos pontos por mau comportamento, podem- se acrescentar pontos pelo bom comportamento em áreas não inclusas no contrato.

3. Estabeleça um método de recompensas imediatas. A maioria de nós precisa de algo tangível para manter nosso interesse enquanto lutamos por um objetivo. No caso de Mark, adotamos o sistema sugerido na tabela de preparação do contrato.

Cada noite, anotávamos os pontos e, ao final de cada semana, os somávamos.

Na primeira semana, ele ganhou apenas 750 pontos. E compreendeu que não poderia alcançar os 25 mil de que necessitava se continuasse naquele passo. É interessante que, na segunda semana, ele conseguiu 7.500 pontos.

O sistema de contrato pode se adaptar a diversas situações. O princípio é eficaz, mas talvez você tenha que fazer adaptações. É importante que o adolescente não receba o prêmio sem ter merecido. Da mesma maneira, não demore a recompensá-lo se merecer.

Contrato de permissão para dirigir

Ganha pontos assim:

100 por meia hora de trabalho realizado sem que alguém pedisse. 50 por tarefa escolar com nota máxima. 50 por se levantar quando for acordado. 50 por dizer “Claro que faço” quando alguém lhe pede para fazer algo. 50 por arrumar a cama e o quarto cada manhã. 50 por deixar o banheiro bem limpo. 100 por meia hora gasta escutando música clássica. 150 por grupo de seis versículos da Bíblia memorizados. 100 pelo estudo diário da Bíblia. 50 por terminar rapidamente os deveres. 200 por hora de estudo em casa. 100 por hora de leitura de temas não escolares. Perde pontos assim: 100 por perder a calma (palavras feias, mau comportamento). 50 por chegar tarde ao colégio. 50 por chegar tarde aos compromissos. 100 por advertências recebidas no colégio. 50 por discutir asperamente com pais ou irmãos.

Como você lida com os adolescentes?

Marque de acordo com a escola.

1. Concordo totalmente.
2. Concordo em parte.
3. Não estou seguro.
4. Discordo em parte.
5. Discordo totalmente.

1. Creio que os adolescentes de hoje são piores que os de minha geração. 2. Tanto a rebeldia dos filhos como o processo de sua independência são coisas negativas. 3. Durante as fases normais da rebeldia, espero que meu filho adolescente desafie minha autoridade, me conteste, ponha as regras e os limites à prova e duvide da religião e dos valores tradicionais. 4. Sinto-me culpado e fracassado quando meu filho adolescente faz uma escolha inadequada, como se eu fosse o responsável direto por isso. 5. Se a atitude de desafio do meu filho adolescente se generalizasse e se intensificasse, eu diria que ele deve se corrigir ou sair de casa. 6. Quando surge um problema, analiso-o francamente e ajudo meu filho adolescente a escolher o que é correto. 7. Posso permitir que meu filho adolescente tome suas próprias decisões, mesmo que não sejam adequadas e estejam contra as normas e os valores da família. 8. Incentivo meu filho adolescente a participar na elaboração de normas para o comportamento em assuntos importantes, como dirigir o carro ou sair com pessoas do sexo oposto. 9. Mesmo que meu filho adolescente possa manifestar hostilidade, as portas da aceitação, do amor e da comunicação estarão abertas. 10. Posso ver meu filho adolescente como uma pessoa digna e valiosa, mesmo que escolha valores diferentes dos que eu desejaria que ele escolhesse.

Analise suas respostas com seu cônjuge ou um amigo.

A tarefa dos pais

Os pais podem ajudar os adolescentes de várias maneiras. Aja assim:

1. Respeite a privacidade. O adolescente precisa ter um lugar próprio, e os pais não devem se sentir rejeitados se ele fechar a porta do quarto. As coisas particulares incluem as cartas, o diário e as chamadas telefônicas. Os pais que bisbilhotam o quarto e os objetos pessoais do adolescente para encontrar evidências de atividades clandestinas estão violando o direito de privacidade do filho. Se você suspeita que seu filho esteja usando drogas, a necessidade de procurar e confiscar a droga é outro assunto; mas nada de prender diários pessoais e correspondência ou procurar coisas nos bolsos, nas carteiras e nas gavetas.

2. Torne o lar atrativo. Alguns pequenos cuidados, como uma aparência pessoal bem cuidada, arrumar as camas e manter a cozinha limpa, podem salvar o adolescente de se sentir envergonhado quando seus amigos o visitam. O adolescente é muito sensível à opinião que seus companheiros possam ter de seus pais, mesmo que ele próprio ande de qualquer jeito. Nunca deixe de fazer coisas em família. Muitos jovens têm bons pais, mas não os conhecem de verdade, porque só os veem quando estão dando broncas, criticando ou dizendo o que devem fazer. Uma das coisas que mais influenciam na felicidade da família é o sentimento de companheirismo e compreensão. Muitos dos contatos dos pais com seus filhos adolescentes são de necessidade, para a rotina e com finalidade de controlar. Por isso, é importante que também haja contatos menos sérios e mutuamente satisfatórios. As brincadeiras em família, as viagens ao campo, as férias, as caminhadas pelo bosque, os projetos de construção e os debates amigáveis criam uma atmosfera agradável que atrai os filhos.

3. Supervisione sutilmente. O adolescente não responde quando enfrenta uma série de situações negativas; no entanto, quer ser dirigido. Por um lado, prefere pais que manifestem firmeza; mas, por outro lado, se revolta quando lhe negam a liberdade a que tem direito. Nesse caso, pode ameaçar: “Deem-me liberdade ou eu vou embora desta casa”. Entretanto, a disciplina de modo nenhum cessa ou diminui na adolescência. O adolescente precisa que a âncora da disciplina parental (termo atual relativo ao pai e à mãe) o sustenha durante esse período da vida. A disciplina, como se sabe, deve ser justa e sem divisão. Não se deve permitir a nenhum filho indispor o pai contra a mãe; quando for preciso tomar uma decisão, o chefe da unidade familiar deve assumir essa responsabilidade.

4. Respeite o grito de independência. O adolescente precisa dos laços familiares, mas não quer estar preso, e os pais devem reconhecer essa diferença. Às vezes, os pais temem dar independência ao adolescente porque pensam que ele não tem idade suficiente para usá-Ia de forma responsável. O adolescente quer ser livre, mas não está pronto para ser independente e não entenderá mesmo que você o lembre disso a cada momento. Quando o adolescente lhe pedir mais liberdade, permita-lhe tomar suas próprias decisões, desde que seja responsável pelo resultado de seus próprios atos. Em geral, quando o jovem não está pronto para enfrentar essa nova liberdade, o mais seguro é que volte a você em busca de orientação.

5. Mantenha o bom humor. Para lidar satisfatoriamente com um adolescente, é preciso que haja equilíbrio entre o amor e a disciplina na escala do bom humor. O adolescente — e até mesmo o adulto — faz qualquer coisa razoável se alguém lhe pede de forma agradável. O bom humor é um antídoto contra a tendência de considerar a adolescência com muita seriedade. O riso produz uma atmosfera de aceitação e alegria no lar, e o adolescente precisa aprender a desfrutar da vida familiar e rir com os outros e sozinho.

6. Discuta as mudanças que podem ocorrer. Comente com o seu filho as mudanças que ocorrem durante a adolescência, as mudanças nas regras do lar e as pressões que enfrentarão no futuro. Com certeza, você já deve ter falado com ele sobre as mudanças que acontecerão em seu corpo, mas agora é o momento oportuno para repassar essas coisas; quando se trata do desenvolvimento sexual, é preciso fazê-lo com clareza e sem vacilar.

7. Promova o entendimento. Fale em particular com os membros mais jovens da família sobre certos problemas que precisam de mais compreensão da parte deles, mostrando como poderiam ajudar a aliviar a carga. Ao dar-lhes a oportunidade de participar de certos assuntos, os pais podem ajudá-los a entender melhor a adolescência antes de chegarem a essa fase.

8. Ouça o adolescente. Muitos pais não ouvem seus filhos adolescentes — pelo menos não com mente aberta. Alguns se importam pouco com as ideias e os sentimentos deles: “Além de tudo, é apenas uma criança. Eu o ouvirei quando aprender a dizer o que tem para dizer”.

Em uma pesquisa feita entre adolescentes, fizeram-se estas perguntas: “Quando você tiver seu próprio lar, gostaria que ele fosse como o seu agora ou preferiria fazer mudanças? Se pretende fazer mudanças, quais seriam elas?”. A maioria respondeu que a mudança seria dedicar mais tempo para ouvir os filhos. Um deles respondeu: “Se procuro minha mãe com algum problema, ela se escandaliza com o que eu digo e pede que eu tire da minha mente essas bobagens. Se procuro meu pai, ele me passa um sermão de uma hora”.

Os jovens de hoje são uma nova geração e devem sentir que nos preocupamos com eles, ouvindo o que nos dizem sem nos aborrecermos, sem culpar ninguém, sem os julgar e sem os podar. Ouvir os jovens com atenção é um fator muito importante; cria uma ponte sobre o abismo entre as gerações.

9. Dê segurança, amor e aceitação. O adolescente precisa de segurança num relacionamento que não muda com as circunstâncias. Ele precisa saber que, mesmo que haja mal- -entendidos e diferenças, sua relação com os pais não será interrompida.

Para o adolescente, um amor maduro significa que tanto o pai como a mãe estão dispostos a participar na sua vida e no seu crescimento e a liberar essa pessoa em desenvolvimento para esferas cada vez mais amplas da existência. Os pais devem dar aos filhos grande quantidade de afeto físico. O adolescente que na infância foi consolado por seus pais depois de um tombo ou de um machucado não se envergonhará do afeto deles nem se sentirá tão inclinado a buscar uma compensação nas relações sexuais prematuras.

10. Dê o modelo de um casamento feliz. Os adolescentes precisam ver que seus pais expressam amor mútuo a cada dia. Estudos cuidadosos indicam que as boas relações entre o casal podem ser profundamente afetadas quando os filhos estão na adolescência. Um dos fatores que contribuem para isso é a tensão emocional que se produz. Outros problemas têm pouco a ver com os filhos, mas surgem das necessidades não satisfeitas do esposo e da esposa.

Nos primeiros anos de vida da criança, a mãe pode satisfazer sozinha sua necessidade de segurança, mas, durante os tumultuados anos da adolescência, o jovem precisa da atenção tanto do pai como da mãe. Se ambos resolverem os problemas que impedem uma relação matrimonial satisfatória, a maioria dos problemas da adolescência também desaparecerão. A segurança do adolescente é reforçada quando a segurança em família é evidente.

Os direitos dos pais e os privilégios dos adolescentes

As necessidades e os privilégios dos filhos têm recebido tanta atenção nos últimos tempos que as necessidades básicas e os direitos dos pais às vezes são ignorados. Consequentemente, muitos pais estão confusos porque não sabem qual é a diferença entre os direitos e os privilégios da família. Às vezes, os adolescentes exigem privilégios porque os entendem como seus direitos. A lista parcial que aparece a seguir inclui certos assuntos que precisam ser esclarecidos na maioria das famílias.

1. Os pais têm o direito de dissuadir o adolescente para que não se associe com amigos de reputação duvidosa. A seleção das amizades é um problema comum. Muitos pais pensam que certo jovem não é apropriado para sua filha ou que certos companheiros estão levando seu filho para o mau caminho. A reação comum nesses casos é proibir a amizade. O resultado é ressentimento, amargura e mal-entendidos, que acabam tornando mais desejáveis essas amizades. A desaprovação apenas faz com que o adolescente esconda suas amizades. Por que você não incentiva seu filho a levar seus amigos para casa? É através dos laços de aceitação que ele vai poder fazer comparações. O adolescente deve se sentir livre para escolher suas amizades. No entanto, é dever dos pais intervir em casos extremos. Às vezes, a mudança para outra cidade pode ajudar na solução de problemas.

2. Os pais têm o direito de impedir que o adolescente dirija o automóvel da família quando precisam dele, ou quando existe uma razão lógica para essa proibição. O adolescente terá direitos exclusivos apenas quando comprar seu próprio carro. O uso do carro da família pode ser um privilégio do adolescente, desde que associado a certas responsabilidades. Em nossa família, cada filho era responsável por pagar a parcela do seguro quando começava a usar o carro. Além disso, usávamos o “Contrato de Permissão para Dirigir”, mencionado antes. Tanto os pais como os filhos devem estar de acordo quanto ao que cada um deve pagar se acontecer algum acidente. O privilégio de usar o automóvel familiar é um incentivo poderoso para induzir o jovem a se comportar bem, e tirar isso dele é aplicar um castigo muito eficaz. É preciso ser justo.

3. Os pais têm o direito de controlar todas as chamadas telefônicas que entram e saem dos telefones instalados e mantidos por eles. Alguém já disse que os problemas chegam quando há três adolescentes em casa e apenas um telefone. Possivelmente, o uso do telefone causa mais atritos entre pais e adolescentes do que qualquer outra coisa. Portanto, as famílias precisam estabelecer claramente e colocar em vigência as regras concernentes ao uso do aparelho. Antes de tudo, limite o tempo das chamadas a um período razoável. Esse limite se aplicará inclusive a diálogos com namorados. Se o adolescente não pode dizer o que tem que dizer em 20 minutos, talvez não valha a pena dizê-Io por telefone. Segundo, limite o número de chamadas noturnas. Na maioria dos casos, duas ligações seriam suficientes. No entanto, deve haver certa elasticidade quando o adolescente participa de funções na igreja, na escola ou em outra instituição. Se a conversa durar mais de cinco minutos, conte como se fossem duas chamadas. Estabeleça uma espera de quinze minutos entre uma ligação e outra.

4. Os pais têm o direito de privar o adolescente dos privilégios que ele não merece ter. Um adolescente já é bem grandinho para ter um castigo físico, mesmo que às vezes pareça necessário. Mas os pais podem encontrar um meio efetivo ao privá-lo de certos privilégios. Ele cumpriu sua promessa de voltar para casa na hora combinada? Cumpriu com suas obrigações sem ter que ser lembrado? Está conseguindo boas notas nos estudos? Se ele desperdiça o tempo, não deve esperar privilégios.

5. Os pais têm direito de esperar que o adolescente faça o melhor na escola e também insistir para que termine o Ensino Médio. Suas expectativas quanto às notas de seu filho são justas? Lembre-se de que o conhecimento em si não é tão importante como saber se comportar com os outros e se adaptar ao ambiente. Incentive seus filhos a continuarem com os estudos universitários.

Oito semanas antes da formatura de nosso filho Mark, ele nos informou que queria deixar o Ensino Médio. Em vez de reagir violentamente diante daquela notícia, sugerimos cautelosamente que ele escrevesse as razões negativas e as positivas dessa decisão. Depois de muito pensar, Mark decidiu terminar o ano. Quando, mais tarde, recebeu uma bolsa completa para estudar na universidade, nossas expectativas cresceram. Mas veio a decepção quando ele fracassou no primeiro trimestre e preferiu não fazer outra tentativa. Depois de trabalhar em um lugar ou outro por três anos, ele decidiu voltar à universidade. Enquanto eu preparava este livro, recebemos uma carta que dizia: “Estou aproveitando totalmente minha estada na faculdade. Outro dia, contra a minha vontade, faltei a uma aula e me irritei comigo mesmo... Creio que a razão de minha felicidade se deva a vários fatores: quero estar aqui e tenho novamente planos sérios para minha vida. Cansei de vagar de um lado para outro sem finalidade e sem conseguir qualquer progresso. Obrigado por terem me dado outra oportunidade. Desta vez, vou até o fim”.

Se tivéssemos reagido bruscamente anos antes, nosso filho não estaria onde está agora.

Adolescentes e o celular

A telefonia celular representa hoje uma verdadeira revolução na vida das pessoas. Esses aparelhinhos com cores e design da moda, que agregam máquinas fotográficas, MP3 player e tantos outros recursos variados, já pertencem à categoria de itens de consumo essenciais para os adolescentes. E, agora, crianças pequenas, de 5, 6 anos, pedem de presente de aniversário não mais bonecas ou bicicletas, mas, sim, seu próprio celular. Dez anos atrás, os telefones móveis eram artigos de luxo, caros, e poucas pessoas tinham um. Hoje, um em cada dois brasileiros possui um em uso (de acordo com pesquisa da TNS InterScience, 2005).

O celular mudou radicalmente a relação entre pais e filhos. Com o celular, os pais podem monitorar os filhos em qualquer lugar e horário (podem, inclusive, localizá-Ios através de serviços já disponíveis no mercado), o que também acaba dando mais autonomia aos filhos, já que os pais ficam mais tranquilos em relação às saídas deles.

Para os adolescentes, como os adultos não têm acesso às ligações recebidas ou aos torpedos enviados pelos seus amigos, o celular aumenta sua privacidade. O celular também atende à necessidade de os jovens estarem ligados a alguém. Com o aparelho, eles estão sempre disponíveis, permitindo que os amigos e os parceiros possam ligar a qualquer hora do dia e da noite.

O celular também dá status no grupo, pois, quanto mais avançado o modelo, quanto mais cheio de novidades e possibilidades, mais interessante é seu proprietário.

Quando é a hora de dar um celular ao seu filho? Muitas famílias acham que dar celulares para crianças com menos de 10 anos de idade é inapropriado, uma vez que a criança pode ainda não ter responsabilidade ou não saber usar direito o aparelho, podendo quebrá-Io ou perdê-lo. Por outro lado, para as famílias em que pai e mãe trabalham fora, é uma maneira de encontrar e se comunicar com os filhos.

Então, tudo depende da função do celular para a família. O fundamental é que a criança e o adolescente saibam ser responsáveis pelo seu uso e isso deve ser estipulado e desenvolvido pela família. Junto com a sensação de incremento na independência representada por carregar seu próprio celular, não podemos esquecer que, como em tudo, há os dois lados da moeda. Veja o exemplo do problema já detectado em muitas escolas das colas via torpedo! E mais: como controlar os gastos de contas de filhos que podem chegar facilmente ao valor de um salário mínimo e meio por mês?

É indispensável uma boa conversa com os filhos sobre direitos e responsabilidades e, principalmente, que eles arquem com seus gastos. Estipular um valor que o pai se comprometa a pagar para o filho se ele for responsável é uma maneira de lidar com o uso do celular. Apesar de o custo por minuto ser mais elevado, há outras modalidades de planos, além das tradicionais versões pré-pagas, que podem ajudar a controlar a conta. Destinar parte da mesada do próprio filho para pagar a conta também funciona, pois ele sente no bolso o valor de seus gastos e, assim, se controla mais, em geral pedindo que os amigos liguem para ele ao invés de ele fazer as ligações.

5. Os pais têm o direito de estabelecer normas definidas quanto à aparência do adolescente. Você deve saber que seus esforços para conseguir que o jovem se vista de forma adequada nem sempre produzirão o resultado esperado. O adolescente muda sua aparência e seu modo de vestir para não se parecer com seus pais, para ser diferente e para estar na moda como os colegas.

Se a sua paciência é posta à prova por seu filho, que adota qualquer moda do momento com entusiasmo fanático, você deve ter muito cuidado. Quanto mais se opuser a seus caprichos, mais ele insistirá em fazer sua própria vontade. Por isso, você deve permitir que ele escolha sua roupa e sua maneira de agir. Ele precisa usar o que lhe convém para ser aceito no grupo. Se a roupa é muito extravagante, isso significa que a pressão dos companheiros tem sido mais forte do que a sua influência.

Contudo, se há um princípio importante envolvido, adote medidas firmes. Nunca seja fraco com as coisas que considera moralmente duvidosas. É muito difícil explicar às adolescentes por que não é conveniente usar certo tipo de roupa. Muitas não têm o conhecimento nem a experiência para entender como a roupa feminina afeta os homens. Como a aparência dos homens não as estimula muito, não se dão conta de o quanto a maneira de vestir das mulheres os afeta. As filhas precisam de muita orientação durante a adolescência, mas não permita que os valores e as normas se interponham arbitrariamente entre você e a adolescente, que cresce num mundo diferente. Em outras palavras, se é apenas um capricho da moda, deixe que a jovem se vista como as amigas.

O adolescente gasta muita energia para se igualar à maneira de ser dos amigos, mas ele está disposto a fazer modificações se sentir que é aceito no lar. Em seu desejo de ser aceito pelos companheiros, adota certos tipos de roupa, penteados e outras coisas que aborrecem os pais. Se não tiver a aceitação que busca desesperadamente por parte da família, imitará os membros de seu grupo mais próximo com estilos extravagantes.

6. Os pais têm o direito de controlar o tipo de música que é tocada em casa. Note a palavra controlar. Se você proibir o adolescente de ouvir a música do grupo dele, o mais provável é que não lhe dê atenção e continue ouvindo. Em um seminário para pais, foi apresentado um tema: rock. Um dos pais comentou: “Por que discutir esse tema? Todos aqui somos cristãos. A única coisa que devemos fazer é proibir esse tipo de música”. Os pais de filhos pequenos têm dificuldade para compreender que algum dia terão que lhes dar liberdade de escolha. Como pais, naturalmente, devem afirmar os princípios que definem qual é a música que aprovam.

Mesmo que você possa controlar a música que os adolescentes escutam em casa, não pode controlar a que escutam quando estão sozinhos ou com seus amigos. Algumas coisas escapam ao controle dos pais, e a música é uma delas. Os pais devem realizar todo esforço possível para estabelecer valores apropriados durante os primeiros anos, com o objetivo de que eles sirvam de guia para seus filhos em tempos difíceis, quando a pressão social for muito grande. Poucos adolescentes são suficientemente fortes para recusar por completo a música que seus amigos escutam. Os pais devem oferecer novamente orientação oportuna aos filhos sem parecer arbitrários. Naturalmente, você não é obrigado a ouvir música de que não gosta; por isso, exerça controle sobre o volume.

7. Os pais têm o direito de estabelecer regras para o namoro. Você pode dar a seus filhos a liberdade de sair com jovens do sexo oposto depois de ter analisado fatores como a idade, a seriedade, a disposição para aceitar responsabilidades e a maturidade do comportamento.

Durante os primeiros anos da adolescência, não convém deixar que os casais saiam sozinhos. Você pode facilmente controlar as saídas de seus filhos com pessoas do sexo oposto ao transformar o lar num lugar agradável, onde ele se sinta à vontade com seu amigo ou sua amiga. As famílias que têm adolescentes podem planejar atividades para dar aos filhos a oportunidade de estabelecer relações saudáveis, sem ter que estar sempre sozinhos. Várias famílias podem se reunir em casa, fazer planos para escalar uma montanha, passear no campo ou na praia ou praticar diversas atividades que permitam que os jovens ajam em grupos supervisionados. As atividades da igreja e da escola complementam os planos que os pais fizerem.

Adolescentes e disciplina

Faça um círculo na resposta correta em cada um destas situações:

1. Um adolescente de 14 anos tem uma explosão emocional de raiva, decepção e desânimo.

a. Deixe-o sofrer as consequências naturais.
b. Ignore-o.
c. Ouça-o atentamente.
d. (Pessoal.)
e. Isole-o temporariamente.

2. Um adolescente de 16 anos quer ficar acordado e ver programas de TV até mais tarde todas as noites.

a. Restrinja privilégios.
b. Deixe-o sofrer as consequências naturais.
c. Ouça-o atentamente.
d. Argumente com ele. e. Proíba-o.

3. Um adolescente de 17 anos quer escolher más companhias.

a. Ouça-o atentamente.
b. Repreenda-o.
c. Restrinja privilégios.
d. Proíba a amizade.
e. Convide essas más companhias para irem à sua casa.

4. Um adolescente de 16 anos que sabe dirigir quer pegar o carro mesmo sem ter a idade recomendada para isso.

a. Repreenda-o.
b. Proíba o uso do carro.
c. Ouça-o atentamente.
d. Argumente com ele.
e. Isole-o temporariamente.

5. Um adolescente de 16 anos tem notas baixas e muitos problemas de comportamento na escola.

a. Repreenda-o.
b. Humilhe-o.
c. Procure ajuda profissional.
d. Ouça-o atentamente.
e. Faça um contrato para motivá-Io.

6. Um adolescente de 14 anos passa horas ao telefone toda tarde.

a. Formule um acordo para o uso do telefone.
b. Repreenda-o.
c. Restrinja os telefonemas.
d. Ouça-o atentamente.
e. Deixe-o sofrer as consequências naturais.

7. Um adolescente de 17 anos só quer saber de roupa da moda.

a. Critique-o.
b. Dê seu ponto de vista.
c. Proíba-o.
d. Aceite como inevitável e tente não fazer disso um caso importante.
e. Restrinja os privilégios.

8. Um adolescente de 15 anos não age com responsabilidade ao limpar seu quarto ou coordenar sua parte nas tarefas domésticas.

a. Tente um contrato para motivá-Io.
b. Deixe-o sofrer as consequências naturais.
c. Repreenda-o.
d. Dê uma boa surra para resolver o problema.
e. Restrinja os privilégios.

9. Um adolescente de 17 anos escuta músicas que não lhe agradam.

a. Proíba-o.
b. Aceite normalmente.
c. Restrinja privilégios.
d. Discuta o assunto.
e. Tire o aparelho de som dele.

No início da adolescência, os jovens começam a sair em pares. As jovenzinhas acham que estão prontas para sair com seus amigos aos 13 ou 14 anos. Mas os pais sábios não permitem isso até que elas completem 15 ou 16. As estatísticas indicam que, quanto mais cedo os adolescentes começam a namorar, mais propensos estão a se casar prematuramente. Da mesma maneira, quanto mais cedo se casarem, mais provável será o divórcio.

O namoro entre os adolescentes não é aconselhável até terem terminado o Ensino Fundamental. Devemos reconhecer que é possível impedir que o adolescente se comprometa seriamente numa relação amorosa quando ele tem 13 ou 14 anos, mas é muito diferente quando ele está com 17 ou 18. Os pais inteligentes não proíbem o jovem ou a garota que está terminando o Ensino Médio de ter relacionamento com certa pessoa. Mantenha os canais de comunicação abertos. Tanto você como o adolescente devem reconhecer que os namoros precoces podem ser refúgios para a insegurança. Ajude seu jovem a buscar a raiz do problema, para resolvê-Io. Isso é mais efetivo do que lidar com o sintoma do namoro precoce.

Fixar uma hora para voltar para casa, o lugar aonde se pode ir, o que o casal deve fazer quando sai e com quem deve sair são assuntos muito delicados e que causam grande preocupação. Os relacionamentos entre as pessoas de raças e religiões diferentes são problemas sérios nos lares religiosos. Os jovens que vêm de lares cristãos e felizes preferem, em geral, seguir os ensinamentos e o exemplo de seus pais quando começam a sair com pessoas do sexo oposto. No entanto, os pais podem se deparar com grandes amarguras se não estiverem preparados para enfrentar esse difícil período da vida dos filhos.

O namoro e o comportamento sexual

Talvez os pais tenham menos influência e controle quando o tema é namoro e sexo do que em qualquer outro assunto da vida do adolescente. Sem perceber, muitos pais colocam empecilhos no caminho dos filhos, de modo que eles não sentem confiança para conversar sobre sexo e amor no período mais difícil de sua vida. Poucos pais estão cientes do comportamento e das normas de seus próprios filhos em relação ao namoro e ao comportamento sexual.

Por uma razão simples: há boas intenções, mas métodos falhos. Ao não querer comentar esse tema, os pais pensam que desestimularão o filho a namorar. Mais tarde, quando já não podem ignorar o assunto, tornam-se ditadores e dominadores em relação à hora em que deve voltar para casa e às suas atividades. Além disso, reagem violentamente, com frequência zombam do namoro do filho, de modo que o adolescente prefere escondê-lo para não cair no ridículo.

Há um caminho melhor. O assunto namoro deve ser tratado nos momentos familiares, durante os primeiros anos da adolescência. Os filhos devem se sentir livres para fazer comentários e perguntas, não importando quão estranhos ou surpreendentes possam ser. Os pais devem evitar responder com senões, comentários maldosos ou represálias. Você não gostaria que seu filho recebesse informação de sua parte em vez de recebê-Ia de seus amigos? Lembre-se também de que, nessas ocasiões, ele está aprendendo e crescendo. Através de orientação paciente e sábia e graças a uma franca aceitação dos pais, os valores do adolescente surgirão gradualmente.

Depois de ter preparado o caminho com conversas francas, você poderá estabelecer as regras necessárias. Num acordo sobre os namoros, é preciso estabelecer a idade de começar o relacionamento, quantas vezes por semana serão os encontros, a hora de chegar em casa, as saídas com pessoas desconhecidas e outras coisas parecidas. Tudo isso deve ser esclarecido antes que o adolescente comece a sair com pessoas do sexo oposto.

Uma das coisas mais difíceis de discutir, mas talvez a mais necessária, é o comportamento sexual. Muitos pais preferem fechar a porta da discussão sobre o tema, agindo de forma arbitrária. Sua reação exagerada fará com que o adolescente se empenhe em defender suas crenças ou o levará a agir “por baixo do pano”.

Muitos pais se surpreenderiam ao ver com quanta liberdade os jovens de hoje expressam seu afeto físico. Prepare-se para escutar seus filhos e esteja pronto para dar conselhos sem se tornar juiz. Assim, poderá ajudá-los a estabelecer suas próprias normas.

A independência do filho

Um estudante universitário entra no escritório de um professor levando seu cordão umbilical na mão e lhe pergunta: “Professor, onde posso conectar isto?”. Nós achamos engraçado. No entanto, provavelmente, o trabalho mais difícil dos pais durante a adolescência seja deixar seus filhos em liberdade quando chegar o momento. Os pais cristãos têm ainda mais dificuldade para fazer isso. Acham difícil pensar que o filho possa viver por conta própria em um mundo que permite relações sexuais pré-matrimoniais, casamento com pessoas de outra religião e rejeição dos valores espirituais. Portanto, tornam-se superzelosos e tentam forçar o adolescente a tomar decisões “corretas”.

Ficar é diferente de namorar

O “ficar” é um fenômeno que os jovens e os não tão jovens de hoje acreditam ter inventado, mas, na verdade, ele é muito antigo, tendo, através dos tempos, recebido outros nomes. O “ficar” é um encontro entre duas pessoas que sentem atração física uma pela outra e decidem ficar juntas por alguns minutos ou horas, durante uma festa, no shopping, na escola, no acampamento, na praia ou em qualquer outro local onde tenham se encontrado. É “olhou, gostou, ficou”. Não tem nada a ver com namoro, com amor e, muito menos, com compromisso. Depois de “ficar”, os dois podem até voltar a se encontrar e não acontecer mais nada ou podem querer se encontrar novamente, ficar de novo e até resolver namorar e desenvolver um relacionamento com compromisso.

“Ficar” pode significar apenas “selinhos” ou chegar a carícias mais avançadas. Tudo depende da ousadia do rapaz e do consentimento da moça ou vice-versa. O “ficar” é diferente do “transar”, que implica ter relações sexuais completas. Quando “ficam” várias vezes com a mesma pessoa, costumam dizer que “estão de rolo”, o que ainda não é namoro. O “ficar” pode ser uma forma de treinar e desenvolver segurança em relação ao sexo oposto. Não há cobranças, cada um faz o que quer, sem dar satisfação.

Uma grande preocupação em relação a esse fenômeno é que muitos jovens só “ficam”, nunca namoram. Com isso, não aprendem a desenvolver um relacionamento a dois, a ter conflitos e diferenças e a resolvê-Ios, o que pode atrapalhar muito quando resolverem escolher alguém para casar. O namoro é uma etapa fundamental no desenvolvimento do jovem, pois desenvolve a personalidade, ensina a conhecer o sexo oposto e a aprender a lidar com as diferenças. Preenche a necessidade que todos temos de ser amados, propicia atividades de divertimento e lazer e é o caminho para encontrar o futuro parceiro para o casamento.

Quem só “fica” pode estar fugindo do envolvimento e da intimidade; pode ficar superexigente na busca de alguém perfeito que, provavelmente, nunca vai encontrar; pode ter baixa autoestima; pode só gostar de desafios, precisando testar constantemente sua capacidade de atração; pode ter medo de se sentir sufocado em um relacionamento.

Assim, quem só conhece o “ficar” está muito mais propenso a viver relacionamentos descartáveis também no casamento, pois nunca passou pelo aprendizado de relação a dois que o namoro proporciona. Cabe aos pais levantar essa questão junto aos filhos e orientá-Ios sobre a importância do namoro e como conviver com o “ficar” sem os riscos de tornar fútil essa etapa tão importante na vida dos adolescentes e jovens adultos.

Meu marido e eu procuramos segurar ao máximo nossa filha mais velha. Um dia, no meio de seu desespero, incapaz de se comunicar verbalmente com o pai, ela escreveu uma carta na qual, em resumo, havia este patético pedido: “Papai, por favor, deixe-me ser eu mesma!”.

Não podíamos continuar segurando-a à força. Agora, descobriríamos se tínhamos cumprido ou não nosso dever como pais. Não era possível voltar ao passado para remendar o que tínhamos feito mal. Tínhamos suscitado nela sentimentos de rebeldia e ressentimento. Já era tempo de permitir que continuasse seu próprio caminho.

Os pais têm apenas de 18 a 20 anos para estar com seus filhos e estabelecer os valores adequados para eles. Logo, vem o tempo de não mais intervir, embora seja difícil perceber que aquela carne de nossa carne e osso de nossos ossos comete erros que afetarão seu futuro e talvez até sua salvação eterna. Meu esposo e eu sabemos muito bem, porque passamos por isso. Mas confiamos que Deus nos ajudaria nas coisas futuras. A possibilidade de que seu filho tome a decisão correta é maior quando ele não tem que lutar com você para conseguir ser adulto e independente.

Uma palavra aos pais desanimados

Muitos pais de adolescentes têm sentimentos de insuficiência própria. Perguntas como “Será que fiz a coisa certa?” os atormentam. Você sentiu esse drama alguma vez? Se continua fazendo a mesma pergunta, tenha a certeza de que está agindo como deveria. Às vezes, as coisas parecem irremediáveis, mas talvez sejam melhores do que você imagina.

Durante o período em que você conviveu com adolescentes em casa, a tensão e os desentendimentos podem tê-lo confundido e magoado. Os desentendimentos podem não ter sido agradáveis, mas indicam que os canais de comunicação se mantiveram abertos. Um conflito aberto é melhor do que uma guerra fria, em que os membros da família se escondem na hostilidade e indiferença silenciosa.

Por mais difíceis que sejam os anos da adolescência, os pais devem manter as portas da aceitação, do amor e da comunicação abertas. Sejam firmes e amorosos. O adolescente pode se mostrar hostil, ressentido, rebelde, mal-humorado e retraído. Você pode sentir que sua paciência se esgotou e querer abandonar tudo, distanciar-se ou pedir ao seu filho que saia de casa. No entanto, lembre-se de que, quanto mais difícil for seu filho, mais necessidade de amor e aceitação ele tem. Mesmo que ele reprove tudo o que você fizer, jamais o rejeite. Você é uma pessoa madura; seu filho ainda está amadurecendo.

Você pode agir com juízo durante o momento de dificuldade, mesmo quando ele não pode. Ao se comportar com firmeza, mas com amor, você terá sua recompensa se ele, no futuro, imitar seu comportamento sensato. Procure agir de tal maneira que, quando seu filho sair de casa, mantenha as melhores relações com você.

A culpa que uma pessoa sente pelo que fez ou deixou de fazer apenas piora a situação. O medo de fracassar, às vezes, atrapalha nosso pensamento até o ponto em que não podemos distinguir entre a culpa real e a culpa irracional. Cada novo problema que surge traz novos temores diante da possibilidade de agir de forma inadequada. A opressão da culpa fica tão intensa que ameaça nos alienar. Se não pudermos enfrentar nossos sentimentos de culpa de forma aberta e honesta, eles estragarão as relações com nosso cônjuge, nossos filhos, nossos familiares e os companheiros de trabalho. A culpa é como um ladrão e nos rouba o prazer de viver.

Estudos recentes sobre o desenvolvimento infantil indicam que o temperamento da criança tem mais influência sobre seu desenvolvimento do que se supunha. Com frequência, chama-se a atenção para o grande poder dos pais e a debilidade da criança. Todos reconhecemos a profunda influência que os pais exercem, mas subestimamos o papel do filho em seu próprio desenvolvimento. Os pais devem estabelecer uma distinção entre influência e controle. Ambos podem ser exercidos durante os primeiros anos, mas os pais têm de diminuir o controle quando os filhos chegam à adolescência. Mesmo com os menores, deve-se evitar o excesso de controle. Cada criança é um indivíduo particular, com sua própria vontade e capacidade de tomar decisões.

A Bíblia nos mostra que Deus valoriza as pessoas, apesar de seus fracassos. Nosso valor e nossa identidade não dependem do que realizamos ou deixamos de realizar como pais. Aceitemos nosso próprio valor! Se fizermos isso, poderemos enfrentar a culpa e ajudar nossos filhos durante os traumáticos anos da adolescência. O filho é uma pessoa valiosa, mesmo que escolha valores diferentes daqueles que você gostaria que escolhesse. Ele deve ser capaz de desenvolver seus próprios valores e viver a vida que escolheu. Quanto mais velho ele for, menos você poderá controlá-lo.

Os pais precisam se lembrar de que os filhos são pessoas valiosas, independentemente do seu comportamento. Meu esposo e eu gostaríamos de ter podido ver além do comportamento de nossos filhos para discernir seus verdadeiros motivos. O comportamento é apenas um sintoma manifestado por um adolescente com problemas e incapaz de enfrentar as pressões da vida. O que aconteceria se nossa relação com Deus dependesse de nosso comportamento? Um dia, desfrutaríamos do amor de Deus e, no dia seguinte, experimentaríamos seu castigo, por causa de nosso comportamento. Deus não ignora nossa má conduta, mas nem por isso nos rejeita. Seu amor incondicional é um modelo para nós.

Pode ser que chegue o dia em que você se sinta ferido, sem encontrar remédio para sua dor. Somente um filho consegue nos ferir dessa maneira. O que um pai pode fazer numa situação assim? O que aconteceu com a promessa de Provérbios 22:6, segundo a qual, se fizermos um trabalho consciente com a criança, ela vai continuar no bom caminho? Passamos por momentos de muita culpa. Esperamos e oramos, mas até quando?

Não é possível eliminar a dor, mas você pode se concentrar na esperança para o futuro. Faça um esforço para não se fixar no lado negativo da vida. Fortaleça a esperança, confiando que, no futuro, a situação será mais positiva. Além disso, lembre-se de que os filhos adolescentes têm direito de tomar certas decisões concernentes a seu futuro. Eles devem ser responsáveis por suas decisões, seu comportamento e pelos resultados de sua maneira de ser.

Finalmente, confie em Deus. Talvez a reflexão do Salmo 37 possa ajudá-lo a sobreviver quando se sentir abandonado. Você encontrará grande consolo durante o difícil período da adolescência de seus filhos se puder confiar num poder superior. Mas não se esqueça de que não é a quantidade de orações feitas que fará com que o filho se comporte de forma diferente, embora isso definitivamente ajude. O que realmente comove o coração de nossos filhos é a mudança de atitude que manifestamos como resposta a nossas orações. Deus ama nossos filhos adolescentes com amor eterno. Seu Filho morreu para salvá-los. Eles podem captar o amor de Deus através de nós?

O impacto que isso provoca tem consequências eternas.

Fonte: PELT, Nancy Van. Como Formar Filhos Vencedores: Desenvolvendo o Caráter e a Personalidade. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2006.

Direto do site da revista "Construir Notícias", acessado em 31 de agosto de 2012.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Diretor do CAIC é o mais novo associado do Lions Club Itabuna - Grapiúna

Em cerimônia festiva que aconteceu no dia 08 de agosto de 2012 (Quarta-feira), o Lions Club Itabuna - Grapiúna empossou dois novos associados, entre os quais estava o diretor geral do Centro de Atenção Integral à Criança Jorge Amado - CAIC, professor Carlos Marques.

A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades representativas do Lions Club do Estado da Bahia. A presidenta do Lions Club Itabuna - Grapiúna, Ivone Gouveia Montenegro Souza, explicou que o Lions Club é uma das organizações mais respeitadas do mundo no que se refere à clubes de serviços, prestando assistência e promovendo cidadania em todos os continentes.

O professor Carlos Marques foi convidado a participar do clube num reconhecimento aos serviços prestados na área de Educação e especialmente no CAIC Jorge Amado, do qual é diretor desde 2006.

Abaixo, fotos da cerimônia.

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Reunião do Conselho entre professores e coordenadores inicia reavaliação do regimento escolar do CAIC

Blog do CAIC Conselho Escolar

Atendendo a solicitação da coordenadora do PDE, professora Sueli Ribeiro, o professor Carlos Marques convocou uma reunião extraordinária entre o Conselho Escolar, equipe de coordenadoras pedagógicas, docentes e funcionários. A reunião foi oportunizada com objetivo de concretizar umas das ações proposta no Plano de Desenvolvimento da Escola (módulo “Interativo”) referente ao ano de 2012. Esse momento foi realizado no Sábado Letivo (dia 21 de julho), das 8hs00min às 12hs00mim.

A principal pauta da reunião versou sobre a avaliação e possível reformulação do Regimento Escolar, documento maior que regulamenta procedimentos normativos no âmbito da gestão, corpos discente, docente e funcionários.

Eric Thadeu Nascimento Souza, Secretário Geral do Conselho Escolar fez, então, em nome do Conselho, o empossamento dos novos membros. No segmento dos professores, o professor Antônio Carlos Gonçalves da Silva assumiu provisoriamente a função de titular e a professora Sueli Ribeiro foi empossada como 1ª suplente. Essa mudança foi motivada pela candidatura do professor José Ademaques dos Santos ao cargo de Vereador nas próximas eleições. No segmento dos alunos, foram empossadas Vitória Mota como representante titular e Vitória Maria como suplente.

Logo depois, a professora Sueli Ribeiro explicou que “o regimento é o documento maior de uma instituição de ensino e que, juntamente com o PPP – Plano Político Pedagógico da escola, deve sempre estar atrelado às mudanças que norteiam o ambiente escolar.”

Durante a leitura compartilhada do regimento, determinou-se uma modificação, no texto, na parte que dita o papel dos órgãos colegiados. Houve um consenso sobre a troca de expressões como “Colegiado Escolar” por “Conselho Escolar” e “Conselho de Professores”, por “Segmento dos Professores”. Nesta discussão, ratificou-se, ainda, o papel do Conselho Escolar e sua importância como órgão deliberativo e fiscalizador.

No âmbito da Biblioteca, os professores fizeram uma enriquecedora discussão sobre a importância daquele espaço como suporte pedagógico, propício para aquisição de saberes, valorização da cultura e fomentação da leitura.

Ao final dos trabalhos, falou-se, ainda, sobre a parte do regimento que trata das CIR’s (Classes de Integração e Recursos), que já não existem mais e também sobre as motivações intrínsecas ou extrínsecas aos alunos que podem provocar sua transferência para outra unidade escolar.

Ao meio dia em  ponto, a professora Sueli deu a reunião por encerrada, entusiasmada com os resultados obtidos e indicando que novos encontros serão realizados para que se conclua a análise geral do Regimento Interno da escola.

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