Literatura de Cordel é o nome dado às histórias do romanceiro popular do Sertão / Nordeste do Brasil (em especial Pernambuco, Paraíba e Ceará). A origem do nome "Literatura de Cordel" está em folhetos de impressão precária e expostos à venda pendurados em varais de barbante. O nome vem de Portugal, onde esse tipo de folheto de literatura popular também era produzido. Também eram encontrados em países como Espanha, França, Itália e Alemanha. Esse tipo de folheto surgiu na Idade Média, por volta dos séculos 11 e 12. Com a invenção da imprensa (1450), essa literatura, que até então era oral e recitada por jograis e menestréis ambulantes, passou a ser vendida em folhetos de papel ordinário e preço barato. Surgia, assim, a literatura de folhetos.
Literatura de Cordel no Brasil
A literatura de cordel chegou ao Brasil com nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e nos demais estados do Nordeste, onde encontrou um terreno fértil. Por volta de 1750, apareceram os primeiros poetas populares que narravam sagas em versos, visto que a maioria desse povo, sequer sabia ler e as histórias eram decoradas e recitadas nas feiras ou nas praças. Às vezes, acompanhadas por música de violas. Portanto, surgiu também no Brasil, como literatura oral, característica fundamental da cultura popular.
Projeto “Itabuna 100 Anos” e a literatura de cordel no CAIC
No Centro de Atenção Integral à Criança – Jorge Amado, as coordenadoras pedagógicas Maria das Graças Viana e Paula Cátia Oliveira, numa ação articulada com a professora Zuleica, levaram aos alunos do Ciclo da Adolescência / Fase III (CAD III) uma atividade que revigorou os valores da literatura de cordel enquanto expressão de cultura popular.
A professora Zuleica aproveitou a passagem dos 100 Anos de Emancipação Política da cidade de Itabuna e solicitou aos seus alunos que criassem um texto em forma de literatura de cordel alusivo ao Centenário Grapiúna. O resultado deste trabalho foi muito positivo e abaixo, o Blog do CAIC destaca dois textos. O primeiro foi produzido por Matheus Cruz. O segundo foi produzido conjuntamente pelas alunas Catarine Santos e Milena Santana. Confiram:
Texto 1
Dá licença minha gente
Minha história vou contar
Essa é minha Itabuna
Que todos quer desejar
Por isso, meu irmão
Você tem um grande coração
Eu vim de lá do sertão
Para fazer essa linda canção
Itabuna é uma cidade linda
Pode ficar mais ainda
A sociedade vai ajudar
E Itabuna vai melhorar
O Rio Cachoeira
Precisa mais de limpeza
Você já sente o cheiro,
Que não é da natureza
Mas eu vou contar
E o povo vai me ajudar
Mas um dia eu sei
Que o rio vai melhorar
Texto 2
Itabuna é uma cidade
Muito rica em produção
Mas depende das pessoas
E de muita união
Tabocas! Taboquinhas...
Cidade do coração
Todo mundo te adora
E te manda um beijão
Todos nós faremos
Uma campanha
Para a sua valorização
Itabuna é uma cidade
De muita “festação”
O problema são os tiros
E muita confusão
Se todos vivermos em paz
A cidade será mais cultivada
Com muitos adultos
E criançada.
Nota do Blog: O texto acima foi parcialmente aproveitado do site “UOL Educação”.
Um comentário:
eu quero que o caic seja destruido por uma bomba
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